Ontem o tempo mudou e o inverno parece ter se arrependido de ir embora, talvez tenha voltado para se despedir. O certo é que o frio está de volta e, com ele, os casacos, edredons e aquelas noites de sono gostoso, sem ruídos de aparelhos que me façam sentir que a temperatura é suportável.
Gosto de dias frios, quando o perfume permanece mais tempo na pele, ficamos mais elegantes e sem aquele aspecto de ter corrido uma maratona, entretanto, as noites frias não me agradam além do fato de me permitirem dormir melhor.
Noites frias, para mim, são sinônimo de solidão. Faltam braços, abraços, quentura, enfim. O frio parece nos mostrar o quanto somos sós e vulneráveis à solidão; o quanto somos pequenos quando sozinhos.
Tosei meu cãozinho, não sabia do frio que chegaria. Ele também ressente-se e quer aconchego. Agora dorme em meu colo enquanto tento escrever. Quem sabe a friagem tenha invadido também a sua alma e, como eu, quer apenas sentir-se par, que possui alguém que lhe aquecerá o corpo e o espírito. Penso então que o frio faz mal ao cérebro e deixa-nos fantasiosos demais.
Hoje alguém disse que faço falta quando distante. Nenhum diálogo romântico, colegas de trabalho, quisera fosse alguém me ansiando, descontente também com o frio solitário, descobrindo calor ao meu redor, em mim...
Somos mesmo muito frágeis, por mais que tentemos manter nossas máscaras de coragem e independência. Será o frio quem as tira e nos deixa nus diante de nós mesmos, despreparados para perceber que nossa força é um engodo, nossa coragem é uma balela e nossa auto-suficiência a maior mentira que insistimos em nos dizer a cada dia quando, diante do espelho, nos dizemos que nos bastamos e não queremos ou precisamos de alguém que nos diga o quanto somos importantes e amados.
Decididamente, acho que não gosto do frio; ele me mostra alguém que não quero ou que já me esqueci como ser. Quem sabe amanhã ele se vá...
Gosto de dias frios, quando o perfume permanece mais tempo na pele, ficamos mais elegantes e sem aquele aspecto de ter corrido uma maratona, entretanto, as noites frias não me agradam além do fato de me permitirem dormir melhor.
Noites frias, para mim, são sinônimo de solidão. Faltam braços, abraços, quentura, enfim. O frio parece nos mostrar o quanto somos sós e vulneráveis à solidão; o quanto somos pequenos quando sozinhos.
Tosei meu cãozinho, não sabia do frio que chegaria. Ele também ressente-se e quer aconchego. Agora dorme em meu colo enquanto tento escrever. Quem sabe a friagem tenha invadido também a sua alma e, como eu, quer apenas sentir-se par, que possui alguém que lhe aquecerá o corpo e o espírito. Penso então que o frio faz mal ao cérebro e deixa-nos fantasiosos demais.
Hoje alguém disse que faço falta quando distante. Nenhum diálogo romântico, colegas de trabalho, quisera fosse alguém me ansiando, descontente também com o frio solitário, descobrindo calor ao meu redor, em mim...
Somos mesmo muito frágeis, por mais que tentemos manter nossas máscaras de coragem e independência. Será o frio quem as tira e nos deixa nus diante de nós mesmos, despreparados para perceber que nossa força é um engodo, nossa coragem é uma balela e nossa auto-suficiência a maior mentira que insistimos em nos dizer a cada dia quando, diante do espelho, nos dizemos que nos bastamos e não queremos ou precisamos de alguém que nos diga o quanto somos importantes e amados.
Decididamente, acho que não gosto do frio; ele me mostra alguém que não quero ou que já me esqueci como ser. Quem sabe amanhã ele se vá...
"amanhã ou depois, tanto faz se depois for nunca mais..."
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