sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Meu presente de aniversário...



UM LINDO E BRILHANTE DIA DE SOL!!!!!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

É Natal !

Mais uma vez chega o tempo das brilhantes luzinhas coloridas, das casas iluminadas e das músicas repletas de sininhos. Algumas pessoas amolecem o coração e conseguem surpreender com gestos de desprendimento e doação, mas não são todas, que fique claro.
Natal me lembra família. Não estas que se juntam pra comer a mesmíssima ceia a cada ano e que, ao final da noite, no trajeto de volta às suas casas, se dedicam a comentários ácidos sobre aqueles que encontraram. Me refiro a famílias de verdade, que independem de laços sanguíneos ou proximidade geográfica, que se uniram pelo sentimento amor e dele não fazem questão de se desprender; ao contrário, o cultivam.
Natal me faz lembrar pessoas queridas, com as quais gostaria de estar mais e me dedicar mais, mas que entendem meus silêncios e invisibilidade em suas vidas, por isso me querem bem, apesar de...
Natal me faz querer um cantinho sem festas, uma presença queridíssima e uma noite de paz. É bem verdade que esse é um desejo de todo o ano, mas especialmente nesta data, torna-se mais premente, quem sabe na tentativa de afastar a sombra da solidão.
Não sei se alguém se perde entre estes textos, mas desejo a cada um que por aqui se detiver que tenha um natal especial, com pessoas também especiais, que lhes dedique o mesmo carinho que recebem. Este é o grande presente que seres humanos sensíveis podem querer; mas se você preferir jóias, dvds ou qualquer outro dos tantos produtos disponíveis no mercado, que os receba em grandes quantidades, participando, inclusive, daqueles chatíssimos amigos-ocultos que aparecem neste período.
Importante é que seu natal, assim como seus dias, sejam de alegrias, iluminados pelo calor de pessoas que realmente valem a pena em nossas vidas.
Feliz Natal!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Tem coisas que são para poucos...

Segundo o grande mestre da ortografia e gramática brasileira, Aurélio Buarque de Holanda, e constante em seu compêndio da Lingua Poertuguesa, várias pessoas cabem na palavra PEQUENEZ, que tem por significado, ainda que alguns desconheçam:

1. Qualidade de pequeno.
2. Meninice, infância.
3. Pequena estatura.
4. Fig. Mesquinhez; insignificância
5. Fig. Pouca elevação intelectual ou moral

Depois disso, nada mais a acrescentar, a não ser que escola é bom e faz falta.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Gente pequena é assim!

Morro de pena de gente descrente, seja do que for.

Semear dúvidas e desconfianças onde só há paz é sinal de pobreza de espírito e de uma profunda inveja pelo que não se tem.

Realmente, há que se ter pena, muita pena, por tamanha pequenez de alma.

Não sou terreno fértil ao cultivo de minhocas e pulgas, sejam na cabeça ou atrás das orelhas.

Sou feliz, estou feliz; dá licença?

sábado, 6 de dezembro de 2008

Amor


A mulher que mora em mim
te deseja ao acordar,
te lembra sem cessar,
te beija ao te encontrar,
se despe ao te desejar,
se deita pra sonhar,
se acende ao te amar.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Paixão

Quando estamos conhecendo alguém, ou nos primeiros tempos de contato, o outro, aos nossos olhos, é dotado de tamanha perfeição que é comum nos pegarmos pensando do porquê termos sido notados.
Tudo que o outro faz ou diz é bem feito, bem falado. As atitudes e, especialmente, o caráter e a personalidade são inquestionáveis, a inteligência é acima da média, as atitudes são corretas e a forma de ver o mundo e os gostos impecáveis.
É somente com a convivência que se percebe, pouco a pouco, que falhas são inerentes a nós, pobres mortais. E a cada dia descobrimos alguma mania que nos irrita, algum deslize que nos decepciona, algumas atitudes que o deixam chato.
A partir do cotidiano, descobrimos que o outro tem problemas, que sua vida não é perfeita (muito menos ele) e que, no fundo, é tal e qual a todo mundo.
Se depois de tudo isso, ainda nos sentimos atraídos, envolvidos e até apaixonados, é porque a pessoa é realmente especial, com quem queremos estar. Do contrário, ela era apenas alguém criado por nossas carências e desejos de que exista um ser humano tão bacaninha como nossa imaginação quis crer.
Depois de longos anos de convivência, de perceber muitos defeitos e até imaginar que não pudesse suportá-los, andei um tanto decepcionada e desapaixonada de mim. Me pegava imaginando o que teria de bom ou bonito, que realmente pudesse chamar a minha atenção e fazer-me ser novamente apaixonada. Só conseguia encontrar interrogações.
Ultimamente voltei a me perceber possuidora de virtudes e qualidades muito especiais, como coração aberto, sinceridade, transparência, senso ético e uma profunda paixão pela vida e pelas pessoas.
Pronto, esqueci completamente os dias nublados e sem luz, voltei a ser e estar novamente apaixonada por mim e é muito bom ter feito as pazes comigo mesma.
Ao final, percebo que sou realmente muito especial e que não devo, nunca mais, me esquecer disso.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

"Que não me doa hoje o existir dos outros, que não me doa hoje pensar nessa coisa puída de todos os dias, que não me comovam os olhos alheios e a infinita pobreza dos gestos com que cada um tenta salvar o outro deste barco furado."
(Caio F.)
Quero estar e ser feliz, dá licença?

domingo, 30 de novembro de 2008

Caio F.

"Ninguém é capaz de compreender um dragão.
Eles jamais revelam o que sentem.
Quem poderia compreender, por exemplo, que logo ao despertar sempre batem a cauda três vezes, como se estivessem furiosos, soltando fogo pelas ventas e carbonizando qualquer coisa próxima num raio de mais de cinco metros?
Hoje, pondero: talvez seja essa a sua maneira desajeitada de dizer, como costumo dizer agora, ao despertar - que seja doce..."

DIA HORRÍVEL

Eu vi uma nesga de céu azul.
Depois de tantos dias, que já nem conta têm mais,
o céu, ou uma pequena visão dele, se mostrou.
Ao final, tudo dá certo.
Ao final, tudo se ajeita.
De uma forma ou de outra, os turbilhões passam e fica a luz do céu azul, mesmo que se passem dias de chuva e cinza.
Afinal, nada é eterno.
Ainda bem.

E apesar do céu azul, o dia está horrível.
Ainda ganho uma varinha de condão e faço horrores com ela.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

MÁRIO QUINTANA


Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.

Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que te ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é a pessoa da sua vida.

Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.

O segredo é não correr atrás das borboletas...

É cuidar do jardim para que elas venham até você.

No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando,

mas quem estava procurando por você!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Expectativas

Já consigo enxergar o fim do ano.
Já imagino as férias, pulando, claro, os diários, correção de provas, trabalhos e toda a burocracia de conselhos de classe. Já quase me vejo lá, seja onde for, desde que lá, onde é verdadeiramente meu lugar, ilha de paz, onde o mundo não costuma ter permissão de entrar.
Ando expectante, mesmo temerosa de que fique apenas nesse campo, sem que as expectativas sejam concretizadas.
Expectativa, expectante. Palavras gostosas de se dizer, possuem sonoridade e remetem sempre a algo delicioso por vir. Expectador é menos, lembra algo à parte, assistindo apenas.
Não me quero expectadora. Anseio ação, fazendo acontecer meus desejos.
Tenho saudade de tanta coisa, de tantas pessoas, mas vou sempre ao encontro somente de uma, esta especial, fonte inesgotável das minhas expectativas e desejos.
Mesmo depois de tantas idas e vindas, sempre vou.
Sempre é o coração quem diz o motivo, eu nunca sei explicar.
Como diz o poeta:
Trago você em mim, espero que você também me tenha assim.
Te espero sincero, aberto, completo, sem fim.
Nem preciso dizer que isso é amor. Quem conhece sabe.

domingo, 9 de novembro de 2008

Você é tudo (Mano Borges)

Você é tudo e muito mais
Tudo e muito mais
O que sou capaz
é muito pouco eu sei
Você faz tudo muito bem,
Não se compara a ninguém
E Então faça de mim
O seu bem-me-quer
Faça de nós tudo o que quiser
Você faz tudo muito bem,
Não se compara a ninguém

Porque anos atrás
Você tocou meu coração
E me amou, mas aprendi
Tudo na vida
Tem seu princípio e fim
E se ainda assim
Você quiser, eu vou estar, onde estiver
A felicidade é uma janela aberta
À espera de alguém
Que esteja a fim.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Divagações...

Coisa séria essa de ficar boba, quase-meio-sincera-e-francamente patética depois de ter (ou achar que) já se viveu mais da metade da vida. Entretanto, feliz (ou infeliz?) mente, ando assim, mente feliz, rindo e fazendo gracinhas da vida, percebendo sutilezas e delicadezas onde antes tudo parecia tão normal.
Tornei-me (mais) calma, sempre sonsa, emocionando-me até com formigas passeando pela cozinha.
Voltei a cometer pecados, sejam capitais ou não.
Voltei a ler poesias, ouvir músicas e, melhor, a receber delicadezas em forma de palavras.
Voltei a pulsar, a esperar, a ter expectativas e olhar novamente o futuro imaginando chegadas (nunca as partidas).
Voltei a imaginar encontros, a vigiar o telefone e consultar o calendário, em busca de feriados que me levem daqui.
Fiquei diferente, fiz-me eu novamente e gosto bem mais de mim assim.
Acho que isso tem nome, tem endereço e telefone.
Acho que isso se chama amor.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

DUALIDADE


Feito maré, ora me afasto, retraio e penso me guardar estando distante para, em seguida, regressar ocupando espaços, abraçando territórios e preenchendo vazios.
Feito estrada, busco atalhos, percorro distâncias, me perco em desvios na tentativa de liberdade, para, em seguida, perceber-me perdida sem seus sinais.
Feito chuva, ameaço, trago confusão e mudo o céu. Ora caio pesada, sem piedade; ora sou alivio em meio à seca. Dependo do chão que me recebe.
Feito vento, posso ser furacão e desarrumar, desordenar e destruir, mas me posso brisa que alivia dias secos tornando-os suaves e de paz.
Possuo extremos, desfaço-me em contradições e desejos imprecisos. Sou quem dá vida; sou quem a toma. Minha coragem se esvai ao primeiro “ai” que brote de mim; meu viço ressurge ao primeiro “oi” que venha de ti.
Sou força, energia e calor, sendo morte, fraqueza e friagem. Duas que em mim convivem, me desarmando quando se afastas e me tornando guerreira quando seu amor é presente, escudo a me proteger de toda e qualquer ameaça e arma capaz de combater toda e qualquer possibilidade de não ser feliz.

Amor é amor...

Hoje li uma matéria muito interessante sobre como o ser humano busca no outro um sistema imunológico complementar ao seu, a fim de gerar filhos geneticamente mais perfeitos e imunes a vírus. Segundo o estudo, detectamos tal complementaridade através do cheiro. Nos sentimos atraídos pelo cheiro daquele que completará aquilo que nos falta, no que se refere a defesas do corpo contra doenças ou viroses.
Fiquei aqui pensando se meu metabolismo é torto ou se o resultado deste estudo foi equivocado. Há quase oito anos me apaixonei por palavras, escritas por mim e para mim; me encantei, depois de alguns dias, por uma voz rouca, tão deliciosamente gostosa que me fazia perder noites de sono apenas para ouvi-la, sem nunca me cansar (por mais que a orelha doesse). Depois me encantei por um senso de humor afiado, uma inteligência apurada e um jeito de ver a vida de forma muito semelhante à minha.
O cheiro, esse só fui sentir após meses (e tenho que confessar que, até hoje, me faz viajar em lembranças e sensações), mas aí meu sistema imunológico já havia se rendido completamente e, ainda que o dele fosse exatamente igual ou que nada tivesse a acrescentar ao meu, já era bem tarde, a paixão era intensa e irremediável.
Não o escolhi pelo cheiro ou para complementar algo que me falta geneticamente, mas para preencher os vazios que existiam na minha alma, corpo e vida.
Me completa, me faz sentir amada e capaz de superar todas as dores que a vida, tão freqüentemente, deixa em minha porta.
Abandonei as águas, atraquei neste porto, onde penso permanecer até o último segundo do meu tempo, protegida e com a certeza de, por mais que, por vezes, tempestades e ventanias me afastem deste cais, é para ele que sempre retorno. É onde está minha casa, é onde sempre permanecerá meu coração.
Que a ciência explique o universo e o metabolismo dos seres vivos, mas o coração e os sentimentos, cabe a cada um saber aquilo que lhe move e encanta.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Ajuda

Houve um tempo em que eu escrevia sempre. As palavras vinham fáceis e meus dedos voavam pelo teclado, tentando acompanhar a velocidade dos meus pensamentos, que jorravam, fosse em momentos alegres ou de dor.
Perdi o ritmo, a dança, as palavras.
Quando alguém escreve, ainda que ninguém leia, tem a sensação de que compartilha com outros aquilo que lhe aflige ou alegra. Imagina que, em algum lugar, uma pessoa lerá, se identificará e aquilo servirá para que não sinta que sua dor é única, que existe a superação e a vontade de ser feliz retornará ao coração.
Quando alguém escreve, busca, através das palavras, esquecer que alguém lhe feriu, que muitas vezes o mundo é injusto e pessoas não são leais com outras pessoas. Ao invés disso, tenta mostrar que o futuro pode chegar mais rápido que qualquer um possa imaginar e que felicidade nem sempre é tão rara.
Quando alguém escreve, quer descrever o mundo, interior ou exterior, para que aqueles que ainda não o conheceram, ao menos tenham uma vaga idéia do que ainda existe.
Eu não sei mais escrever. Queria, e muito, colocar em palavras o vendaval de sentimentos que me assolam, mas não consigo. Não mais.
Assim, fico esperando que, em algum lugar, alguém escreva aquilo que preciso tanto ler.
Se alguém souber onde estão estes escritos, me avisem.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Nostalgia

Deve existir algum motivo! Motivos sempre existem, aprendi isso desde muito cedo.
Cada um sabe das suas dores e motivos. Não se age pelo acaso e, por mais que doa, há que se entender que todos possuem motivações para estarem ou simplesmente deixarem de estar.
Pode parecer tolice, mas sempre penso em conversas gostosas, despreocupadas, cheias de humor e penso no quanto a gente imagina que as pessoas permanecerão sempre. Mas depois elas somem, desaparecem na poeira da vida e, quando nos damos conta, tanto tempo já se foi. Que coisa!
Tanta vida já se passou, tantas novidades envelheceram sem terem sido contadas, divididas e, quem sabe, comemoradas.
A vida manteve seu curso, ela não pára, a não ser nestes pequenos e inquietos segundos, talvez minutos, quando me lembro sempre que algumas promessas não foram feitas para se acreditar, foram apenas palavras ao vento, leves como folhas que se vão, sem deixar a sombra de sua passagem.
Ainda assim, sempre que estes minutos surgem, me pergunto por onde andarão todos aqueles que um dia dividiram retalhos de suas vidas comigo e que também vislumbraram minhas cores e dores.
Fica sempre a certeza de que não perceberam o carinho que cultivei e a saudade que deixaram, mas fica sempre também a minha vontade imensa de que, mesmo longe, pensem em mim, ao menos um pouquinho.
Eu aqui imagino sempre que estão vivendo dias melhores...

domingo, 31 de agosto de 2008

SAUDADE

Algumas pessoas deveriam ser eternas, assim como o são em nossas lembranças. Não entendo, e até seria pretensão de minha parte tentar entender as engrenagens do Universo, que faz com que algumas pessoas tão especiais, tão cheias de energia de vida partam assim, tão depressa, nos deixando orfãs de sua alegria.
Bem sei a saudade que sinto quando, em dias como hoje, escutei algumas músicas perdidas em cds no fundo da gaveta e me lembrei de você, mais que um sobrinho, irmão e cúmplice de tantas horas felizes e adolescentes, quando tudo era motivo de risos e planos, muitas vezes absurdos, de futuro. Pra você o futuro foi tão pequeno!
Decidi mergulhar nas lembranças e busquei fotos, rindo sozinha das tantas poses e bobeiras. Céus, como éramos bobos e felizes.
O céu de maio ainda me lembra você a cada vez que olho seu azul intenso e seus entardeceres alaranjados. Ainda me emociono com o vôo das garças no rio Muriaé e com algumas músicas como as que ouvi hoje, me lembrando nossos passos de dança mirabolantes.
Algumas pessoas são eternas, mesmo que somente em nossas lembranças. Que bom que assim seja.
Saudades!
Em tempo: Algumas pessoas preferem morrer em vida na vida da gente. Que pena.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Não olhe pra trás

Mais uma música que gosto neste espaço que, apesar de esporadicamente abandonado, sempre me faz retornar...

NÃO OLHE PRA TRÁS

Nem Tudo é Como Você Quer

Nem Tudo Pode Ser Perfeito

Pode Ser Fácil se Você

Ver o Mundo de Outro Jeito

Se o Que é Errado Ficou Certo

As coisas são como elas são

A sua inteligência ficou cega

De tanta Informação


Se Não faz sentido, Discorde Comigo, Não é nada demais

São águas passadas, Escolha uma estrada, E não Olhe

Não Olhe Prá Trás


Você quer Encontrar a Solução

Sem ter nenhum problema

Insistir e se preocupar demais

Cada escolha é um dilema

Como sempre Estou

Mais do seu lado que você

Siga em frente em linha reta

E não procure o que perder


Se Não faz sentido, Discorde Comigo, Não é nada demais

São águas passadas, Escolha uma estrada, E não Olhe

Não Olhe Prá Trás

domingo, 3 de agosto de 2008

CORES



A vida tem as cores que lhe damos. A minha, que por um tempo andou aquarelada, anda ganhando tons e texturas mais alegres.

Estive triste, mas venho buscando motivos pra estar feliz.

Estive só, mas venho buscando boas companhias, que me façam sentir que não sou um mero passatempo para momentos tediosos ou solitários, mas alguém que vale realmente a pena estar com...

A música tem me feito novamente cantarolar desafinado pela casa, causando risos e piadinhas que adoro ouvir; são de queridíssimos amores.

Recebi uma ligação que me deixou feliz o resto do dia. Uma amiga querida, e por tanto tempo sumida (nunca esquecida), deu o ar de sua linda graça. Mais um motivo pra ser ou estar alegre.

As férias me levaram a lugar especial, carregado de energia positiva, que me fez ver o quanto o homem pode criar maravilhas. Voltei encantada e trazendo na bagagem cores que me deixam menos desbotada (ao menos assim me sinto), pensando no quanto ainda posso e devo.
A vida está só começando e ainda me fará sorrir e gargalhar com suas pequenas-grandes surpresas, que me mostrarão que a alegria sempre vale a pena, seja ou não a alma pequena.
E para aqueles que se foram, apesar da saudade que deixaram, só tenho a dizer: que pena!


quinta-feira, 3 de julho de 2008

Obrigada Marley, pelo carinho!
Beijos!

Depressão

Quem consultar o dicionário Aurélio, encontrará as seguintes definições da palavra depressão:
[Do lat. depressione.]
S. f. 1. Ato de deprimir(-se).
2. Abaixamento de nível resultante de pressão ou de peso.
3. Baixa de terreno.
4. Diminuição, redução.
5. Anat. Achatamento ou cavidade superficial.
6. Astr. Distância angular, medida sobre um círculo vertical, entre um ponto da esfera celeste abaixo do horizonte e este último; altura negativa.
7. Econ. Período de declínio acentuado no nível da atividade produtiva e do emprego.
8. Med. Diminuição de função fisiológica.
9. Psiq. Distúrbio mental caracterizado por adinamia, desânimo, sensação de cansaço, e cujo quadro muitas vezes inclui, também, ansiedade, em grau maior ou menor.
10. Fig. Abatimento moral ou físico; letargia.
Gostei da definição 6: altura negativa. Pura verdade.
A gente cresce pra dentro, se alonga na invisibilidade, abaixo do horizonte mesmo. Baixa de terreno também é interessante. A vida torna-se meio que um buraco...
Tantos termos e, ao final, quer dizer apenas que você tem vontade de morrer. Minto, nem de morrer se tem vontade, pois neste campo o que menos se sente é qualquer espécie de desejo, inclusive, de morrer.
Que ela trilhe os mesmos caminhos pelos quais chegou e nem se dê ao trabalho de despedidas...

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Triste

Hoje é segunda-feira, de um dia qualquer de maio. O azul do céu de maio é divino, de uma tonalidade única e linda (sei que já falei sobre isso, mas realmente me emociono ao ver tal cor), que me faz distrair e esquecer do tempo, olhando para o alto. Na verdade, ultimamente, como tenho olhado para o alto.
Ando tristonha, incerta, ansiosa e expectante. Ando precisando de toda a energia e luz que venha de cima para me manter à tona e otimista, caracteristica que sempre me encantou (eu, por vezes, me encanto comigo e me acho alguém bacaninha) e que não quero perder ou esquecer pelos cantos baixos do mundo. Por isso olho para o alto e espero que de lá venham boas energias, luz celeste e, quem sabe, palavras que confortem e afaguem meu espírito melancólico.
Não quero aqui (ou em qualquer outro lugar) desfiar dores ou ansiedades, mas ando me sentindo tão pozinho (desculpe o plágio, Zeca Baleiro) e não é que alguém esteja me fazendo isso. Na verdade, não sei que "coisas" me fazem assim, não sei como fiquei assim, só sei que estou assim, e isso é ruim...
Quero-me riso, ainda que não seja uma gargalhada, pode ser assim, pra começar, um risinho tímido. Depois eu pego "galeio" e continuo...

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Acordando...

Ando precisando escrever apenas pelo prazer das letras, sem compromissos com regras ou formatações corretas.
Ando precisando escrever com o coração, que sempre disse tanto e anda completamente emudecido nos últimos tempos, calado pela luta diária, que mascara os tantos sentimentos que insisto em esquecer diante da realidade do cotidiano, tão vazio de poesia e sonho.
Me fiz fria, racional e hermética (um amigo diria refratária) diante desse eterno despertar, trabalhar, ser profissional, dona-de-casa, chefe de família, mãe e até pai.
Esqueci-me mulher, amante, namorada, apaixonada, enfim, esqueci-me. Ponto e pronto.
Quero-me Lucia, quero-me eu, com meus tantos devaneios e desvarios.
Ando precisando ser acordada da realidade e embalada nos sonhos, de pijama de flanela e edredons macios e quentes. É ali que acordo para o meu real mundo imaginário.

sábado, 1 de março de 2008

APRENDIZ

Era quase dia de ir embora e ele decidiu esticar a noite, talvez na esperança de fazê-la eterna, quem sabe tentativa de parar o tempo... Entre as tantas frases, chopes e tequilas, a pergunta aparentemente superficial: - Você aprendeu alguma coisa comigo? - Sim, nunca mais fiz lasanha como antes. Copiei sua receita. Leviandade responder naquele momento qualquer coisa séria. Outros assuntos, outras frases, outros bares, e não mais retornamos àquele curto diálogo, perdido entre as tantas coisas que dizemos quando percebemos que a partida está bem perto, mas hoje, quando tanto asfalto já nos separa, reflito no quanto minhas fronteiras se expandiram, inclusive as geográficas, depois que o conheci. Sim, aprendi muito e tanto com ele... Vejo hoje o que escrevo e leio com seus olhos o quanto de mel posso ter produzido. Controlo-me e busco sua ironia carregada de riso. Aprendi a descer das nuvens... Leio autores que nunca descobriria, ouço músicas que não conhecia, recebo crônicas inéditas, e melhor, feitas pra mim. Descubro-me nas linhas e entrelinhas. Aprendi a me enxergar... Ganhei um jeito de olhar que é mistura de brilho e opacidade. Depende se ele está longe ou perto. Me fiz riso, gargalho, lágrima e retorno do riso. Aprendi a me deixar levar... Exercito paciência, descubro-me irracional, controlo (tento) meus gritos, aprendo a ceder, domo ansiedades, me bato com saudades. Me faço e refaço diferente a cada dia, vinculada apenas ao amor, elo indizível ao qual me prendo voluntária. Aprendi a entrega... Aprendo-o, aprendo-me e busco incessante a fórmula mágica de Quintana, para parar o tempo "em cima do telhado, feito um catavento que perdeu as asas" e me recolher no calor das dele, que me ensinam amor, sempre e a cada dia mais.

ÀS AVESSAS

Andava insatisfeita com a vida e tudo que dizia respeito a ela já há bastante tempo. Que será que estava acontecendo que tudo que começava, ou ficava por terminar ou apenas se acabava das piores e mais loucas maneiras? Depois de muito pensar, chegou a conclusão de que o problema era ela mesma. Havia nascido com uma pequena falha de fabricação que lhe impedia de concluir satisfatoriamente qualquer tarefa, até as mais cotidianas. Culpou-se, chorou, se desesperou, até o dia em que se apaixonou. Ai foi o completo caos. Se em pequenas e desimportantes coisas já fazia tanta porcaria, imagine no abstrato e intrincado jogo de amar, suscitar e manter amor? Seria a imagem mais nítida e perfeita do fracasso. Mas ele estava ali e não tinha opções mesmo. O jeito era encarar de frente essa "coisa" que se apossa da gente e faz liquidificador das vontades e desejos daqueles que são contaminados pelo danado. Tinha certeza que seriam erros mil; acreditava-os certos e líquidos como suas pernas ao se defrontarem com o objeto do seu desejo. Histórias de contos de fadas? Pura ilusão pra essa desajeitada mulher, que fez dos erros sua principal característica. Mas como tudo ali era diferente, foi exatamente amando que aprendeu que seus erros, longe de a tornarem menor, a haviam enrijecido pras lutas cotidianas e mais condescendente para as falhas alheias, coisa imprescindível em qualquer relação. Errou uma, duas, infinitas vezes... Errou e aprendeu a refazer e refazer-se; aprendeu a perdoar e perdoar-se; a tentar e tentar novamente. Até que um dia fez tudo certinho, é certo que teve ajuda, pois descobriu que nessa vida ninguém erra sozinho. Até pra isso há que se ter companhia. Hoje, quando olha sua vida, sorri serena e é constante ouvi-la contar aos netos, que estão sempre a rodeá-la, suas inúmeras histórias dos tantos erros que cometeu. E como em contos de fadas às avessas, é assim que começa:
- Erra uma vez...

ENTRE AZUIS E LARANJAS, TE VEJO NO CÉU DE MAIO

Imagino que deves estar aí ansioso por esta resposta, mas faltou-me tempo e inspiração pra lhe escrever com o cuidado que mereces. Há tempos não nos falamos, não é? A vida faz com que, por muitas vezes, acabemos nos afastando daqueles a quem queremos tanto bem. Mas me lembro sempre de você, em especial quando a tarde cai e o céu começa a se pincelar de laranja, nestes dias frios que tenho aqui. Se lembra quando íamos de ônibus pra faculdade e adorávamos ficar olhando, naquela curva do Morro da Mangueira, o céu escandalosamente laranja? Você costumava me dizer que sentia-se energizado pela cor e desatava naquele seu riso gostoso; ríamos tanto naqueles tempos... Pois é, agora fica impossível não me lembrar de ti nestas tardes, mas o faço com uma saudade que, longe de doer, me faz sorrir. Todas as vezes que penso em você eu sorrio. Me lembro de você também durante o dia, nestes dias de maio. Engraçada esta ligação que faço entre você e o céu. Novamente é quando olho pra cima que te recordo, quando sentávamos aqui na varanda e olhávamos por horas o azul que só acontece neste mês. Me dizias que era pra você esta cor; presente de aniversário do Criador. Aqui o céu continua lindamente azul, e aí? Ainda sonhas como antes? Fantasiávamos nosso futuro tão cheio de realizações, mesmo sabendo que seria quase impossível realizá-lo daquela forma... Mas era tão bom!!!!! Eu aqui consegui pouco, mas caminhei bastante. E continuo sonhando, sempre... Outro dia ouvi que só sei escrever coisas de amor, que preciso aprender a falar do que não vivi, mas não consigo. Tudo que faço é com o coração. Continuo aquela romântica da qual tantas vezes você riu. Mas sempre desconfiei que você também o fosse, confesse. Continuo, muitas vezes, querendo fazer o tempo voltar; por outras tento analisar o amor, como bichinho de microscópio, mas ultimamente, tenho mesmo é me deixado arrastar por este furacão e nada mais faço que deixar que ele me leve onde achar que devo permanecer. Finalmente sigo um conselho seu... Continuo aqui abrindo meus arquivos de memórias e revivendo tantas coisas boas que já vivi, inclusive contigo. Não foram muitas, mas foram tantas!!!! E, a cada vez que reabro e revivo, rio, choro, deságuo e torno a rir. E sinto sua falta pra recordar e chorar e rir comigo. E me pego aqui olhando o céu, mas agora é noite e as estrelas não me dizem de ti; preciso esperar o dia renascer e com ele as lembranças. Fico esperando então sua resposta, ainda que saiba que nunca receberás a minha, pois onde estás não há correios ou e-mails. Quem sabe o céu azul de amanhã te leve meu recado?

PARTÍCULAS DO OBSCURO

Em marasmos de dias sempre iguais
Encontro-te em espaços atemporais
Mistérios que em mim se fazem constantes
Reflito e me conflito em desejos e não quereres
Não anseio ver-te, mas sonho contatos
As bocas são sempre tão iguais e mornas...
Quero-te distante, mas pretendo seus abraços
Em especial nestes dias de frio e chuva
Por onde andarás neste exato instante em que te penso?
A caminho do trabalho, disso tenho certeza
Mas podes também estar a mastigar a vida destemperada
O telefone não irá tocar, isso é previsão concreta
A campainha portanto não me chamará ao portão
O carro que buzina não me solicita presença
Apenas clama que lhe tirem dali.
Feito eu neste instante.

PRETENSÃO

Ah se eu pudesse...
Se eu pudesse ser...
o dia pra espalhar claridades e clarividências;
a noite pra chover estrelas em céus negros de almas amargas;
o amanhecer pra colorir vidas monocromáticas;
o entardecer pra suavizar em explosão de laranja sentimentos obscuros;
o fogo e queimasse as dores e mágoas;
o vento, mesmo os furacões, e levasse coisas e pessoas a outras coisas e pessoas;
a terra e nela fincasse raízes de amor e enterrasse ódios e amarguras;
a água e lavasse as palavras mal faladas, mal escritas e mal-ditas;
a chuva e transbordasse os rios de afetos e fizesse corredeiras de paixão;
as distâncias e as diminuísse na medida exata da saudade que causam;
a saudade e a substituísse por presença;
a presença e a fizesse constante;
a constancia e nunca a permitisse rotina;
Se eu pudesse o amor...
Ah se eu pudesse!
Passeando pela net, encontrei um blog de alguém que gosta do que escrevo. Acabei redescobrindo escritos antigos que eu não tinha mais. Foi bom reencontrar minhas palavras, assim como é bom saber que alguém teve o cuidado de guardar meus tantos sentimentos naquele espaço.

Passagem

É estranho pensar que somos tão vulneráveis à passagem do tempo, seja aquele contado nos relógios e calendários, seja aquele interno, dentro de cada um.
É ruim pensar que somos apagados pela borracha do tempo nas lembranças e carinhos de outros a quem dedicamos sentimentos e dividimos um pouquinho que seja do que temos de melhor (e do pior também).
Ficamos sentindo que fomos desimportantes o bastante para sermos excluídos da vida daqueles que nos abandonam e, pra ser sincera, abandono dói e incomoda tanto!
É realmente estranha a passagem do tempo, que deixa lembranças, dores, alegrias sempre recordadas e pessoas que, sem nem dizer tchau, desapareceram nas estradas tortas dos tantos caminhos que percorremos.
Mas, dificil mesmo é ficar sempre imaginando se dissemos, fizemos algo para tal "sumiço", ou foi apenas porque fomos desinteressantes o bastante para sermos esquecidos juntamente com o calendário passado do ano que acabou.
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