sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Coisa do amor...
Já faz tempo, muito tempo, que perdi uma parte de mim. Nunca tentei buscá-la, recuperá-la. Jamais pensei que esse tanto que me foi levado me fazia falta, pelo contrário, perdê-lo me deixou maior, mais completa e plena.
Já faz tempo, parece uma vida inteira, perdi parte de mim. Essa parte, longe de me preencher, me fazia incompleta, solitária.
Já faz tempo, nem sei precisar que tempo, deixei que uma imensa parte de mim se perdesse em alguém. E como esse tempo de eternidade tem me feito melhor!
Nunca mais, com exceção de uns poucos dias de tempo fechado, acordei sem dirigir meu primeiro pensamento a essa pessoa tão especial que Deus, cuidadosamente, colocou no meu caminho, na minha vida e no meu coração.
Nunca mais me senti barco à deriva, sem porto a alcançar, sem a certeza de proteção e aconchego. Nunca mais só, sem frios na barriga de expectativa de chegadas e esperas, mesmo que sempre sofrendo a dor da despedida, para, logo em seguida, recomeçar a contagem de novas chegadas.
A incoerência do tempo me consome e se, por vezes, parece que já faz um tempo imensurável, em outros parece tão pouco, com tanto ainda a se viver...
A sede de querer sempre um pouco mais, de ser sempre tão pouco, por mais que o tenha, faz tudo parecer tão recente, tão novo.
Faz tão pouco tempo! Tenho ainda muita fome desse amor, quanto mais o tenho mais o quero. Ainda me descubro e desvendo seus encantos diariamente e, quanto mais ele se expõe, mais me entrego, mais me encanto.
Assim, diante desse paradoxo, apenas sei que já faz tempo, um tempo precioso e longo que tenho sido imensamente feliz.
domingo, 31 de maio de 2009
Confusão
domingo, 24 de maio de 2009
Por um lindésimo de segundo...
sábado, 23 de maio de 2009
CONFLITO
Fico imaginando os trilhões de pensamentos que povoam as mentes destas tantas vidas. Ainda bem que são silenciosos, do contrário, quanto barulho e desordem... Os meus, neste momento tão desordenados, em conflito com o coração, acabariam por confundir quem os ouvisse.
Penso que deveríamos ter em sintonia alma e coração, razão e sentimentos, assim não teríamos tantos embates com nós mesmos, buscando resolver aquilo que nos aflige sem que um dos dois se ferisse, mas, em geral, quando acalentamos nosso coração acabamos por receber acusações diretas da nossa razão, nos avisando o quanto somos levianos conosco, aceitando (ou relevando) coisas importantes e vitais.
Queria mais racionalidade, mas não me quero fria, perdendo essa passionalidade que tem me levado a momentos que nenhuma razão poderia. Equilíbrio, deve ser esta a palavra-chave, vai saber... Enquanto não o aprendo, fico neste conflito, em busca de decisões que não serão resultado apenas da minha razão, tampouco da paixão...
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Felicidade...
sexta-feira, 8 de maio de 2009
AVE CORAÇÃO
Ave Coração
Fagner
Composição: Clodê & Zeca Bahia
Eu sei que existe por ai uma andorinha solta
Procurando um verão que se perdeu no tempo
Cansou de ser herói do espaço
E quer a companhia de outros pássaros
É que seu coração de ave, não agüenta tanta solidão
Eu sei que eu ando por ai, sou andorinha solta
E nem sei a estação em que estou vivendo
Não quero ser herói de nada
Só quero a companhia de outros braços
É que meu coração de homem, voa alto como um pássaro
domingo, 26 de abril de 2009
VINGANÇA
Da janela do apartamento, último andar de um prédio de 10, observei a luz do sol cair e as primeiras luzes iluminarem a cidade. Não sei quanto tempo permaneci ali, naquela posição incômoda, curvada, com a cabeça apoiada na grade cheia de arabescos.
Desci no ponto final e o motorista me olhou como se se indagasse do porquê de eu não estar correndo como todos os outros. Eu seguia calma, como se não sentisse a água me encharcar completamente. Caminhava decidida pela rua estreita, até o último prédio pouco iluminado e sombrio.
Me detive na calçada em frente, olhando a janela iluminada e esperando talvez algum convite para subir, mas ninguém me sabia ali, portanto esperando o impossível.
Conhecia cada palmo daquele apartamento; vivera anos de riso fácil e paixão fulminante entre aquelas tantas paredes. Sabia cada degrau, cada arranhado na pintura, cada pingo que a torneira nunca arrumada dava por hora. Nos meus últimos dias ali, insone, me distraia contando-os pela noite adentro.
Queria fumar, mas os cigarros tinham virado lama no bolso do casaco. Masquei um chiclete encontrado entre as moedas, as únicas que me sobraram depois de meses de inatividade, entregue a fazer nada todo o tempo, imaginando como seria este encontro.
Acho que fiquei horas ali parada, olhando a janela, quando decididamente me preparei para atravessar a rua e apertar o interfone. Estava preparada agora para que ele me visse. Me sentia feia ainda, envelhecera dez anos nestes meses, não me cuidara. As unhas estavam escuras e quebradas, os dedos amarelados pelos milhares de cigarros que se queimaram entre eles, sem que os levasse aos lábios; os cabelos embranqueceram sem que eu me preocupasse em retocar a tintura. Eu me esquecera completamente, dedicando-me unicamente a este dia. Era agora...
Caminhei os poucos metros e, segura, apertei o interfone. Uma voz desconhecida me avisou que ele havia se mudado há 20 dias e não, ela não sabia pra onde havia ido, não deixara endereço.
Fiz o caminho de volta sob a chuva forte pensando que os meses debruçada naquela janela arquitetando minha vingança haviam sido inúteis, mas longe de me sentir frustrada, estava sim aliviada. O pesadelo se findara...
Na tarde seguinte, da janela do apartamento, último andar de um prédio de 10, debruçou-se uma outra mulher; a do dia anterior se fora na enxurrada da chuva...
sábado, 25 de abril de 2009
Pensares
Me ajuda que hoje eu tenho certeza absoluta que já fui Pessoa ou Virginia Woolf em outras vidas, e filósofo em tupi-guarani, enganado pelos búzios, pelas cartas, pelos astros, pelas fadas. Me puxa para fora deste túnel, me mostra o caminho para baixo da quaresmeira em flor que eu quero encontrar em seu tronco o lótus de mil pétalas do topo da minha cabeça tonta para sair de mim e respirar aliviado e por um instante não ser mais eu, que hoje não me suporto nem me perdôo de ser como sou sem solução.
CAIO F.
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Divagando...
Há dias em que, como hoje, nada tenho a dizer, ainda que meus pensamentos fervilhem em convulsão desesperada para se ordenarem em linhas bem escritas, formando algo concreto e, quem sabe, mais lúcido.
Enquanto apenas pensamentos, são desordenados, inseguros e trêmulos fios de raciocínio que nunca se completam e desejam, na clareza do papel ou tela, se definirem e se explicarem. Mas daqui nada surge, nada se revela.
Me lembro de alguém dizendo que sou filha de Nanã, daí minha paixão pelo lilás e mania de viver chorando, mas que sou também filha de uma divindade da justiça; o nome sumiu da memória e, por mais que tente, não lembro. Mas o que isso tem a ver com o que escrevo? Não estou de lilás, não choro neste momento; talvez eu anseie por justiça.
Me forço a parar neste parágrafo, afinal nada disse que consiga me explicar o motivo da inquietação, e agora, no momento em que escrevo, me descubro apenas carente de algo que ainda não sei o que...
terça-feira, 21 de abril de 2009
Retornando...
E por falar em saudade, ando saudosa e melancólica nestes dias de feriado. Ainda não sei do que ou de quem, mas sei que ela está lá, quietinha, à espera de se mostrar e dizer seu motivo. Quando aparecer, conto quem ou o que tem me deixado assim.
Tenho trabalhado muito, amado muito, dormido muito. No fim, tenho vivdo e isso já é uma grande vitória...
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
É Natal !
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Tem coisas que são para poucos...
1. Qualidade de pequeno.
2. Meninice, infância.
3. Pequena estatura.
4. Fig. Mesquinhez; insignificância
5. Fig. Pouca elevação intelectual ou moral
Depois disso, nada mais a acrescentar, a não ser que escola é bom e faz falta.
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Gente pequena é assim!
Semear dúvidas e desconfianças onde só há paz é sinal de pobreza de espírito e de uma profunda inveja pelo que não se tem.
Realmente, há que se ter pena, muita pena, por tamanha pequenez de alma.
Não sou terreno fértil ao cultivo de minhocas e pulgas, sejam na cabeça ou atrás das orelhas.
Sou feliz, estou feliz; dá licença?
sábado, 6 de dezembro de 2008
Amor
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Paixão
Tudo que o outro faz ou diz é bem feito, bem falado. As atitudes e, especialmente, o caráter e a personalidade são inquestionáveis, a inteligência é acima da média, as atitudes são corretas e a forma de ver o mundo e os gostos impecáveis.
É somente com a convivência que se percebe, pouco a pouco, que falhas são inerentes a nós, pobres mortais. E a cada dia descobrimos alguma mania que nos irrita, algum deslize que nos decepciona, algumas atitudes que o deixam chato.
A partir do cotidiano, descobrimos que o outro tem problemas, que sua vida não é perfeita (muito menos ele) e que, no fundo, é tal e qual a todo mundo.
Se depois de tudo isso, ainda nos sentimos atraídos, envolvidos e até apaixonados, é porque a pessoa é realmente especial, com quem queremos estar. Do contrário, ela era apenas alguém criado por nossas carências e desejos de que exista um ser humano tão bacaninha como nossa imaginação quis crer.
Depois de longos anos de convivência, de perceber muitos defeitos e até imaginar que não pudesse suportá-los, andei um tanto decepcionada e desapaixonada de mim. Me pegava imaginando o que teria de bom ou bonito, que realmente pudesse chamar a minha atenção e fazer-me ser novamente apaixonada. Só conseguia encontrar interrogações.
Ultimamente voltei a me perceber possuidora de virtudes e qualidades muito especiais, como coração aberto, sinceridade, transparência, senso ético e uma profunda paixão pela vida e pelas pessoas.
Pronto, esqueci completamente os dias nublados e sem luz, voltei a ser e estar novamente apaixonada por mim e é muito bom ter feito as pazes comigo mesma.
Ao final, percebo que sou realmente muito especial e que não devo, nunca mais, me esquecer disso.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
domingo, 30 de novembro de 2008
Caio F.
DIA HORRÍVEL
Depois de tantos dias, que já nem conta têm mais,
o céu, ou uma pequena visão dele, se mostrou.
Ao final, tudo dá certo.
Ao final, tudo se ajeita.
De uma forma ou de outra, os turbilhões passam e fica a luz do céu azul, mesmo que se passem dias de chuva e cinza.
Afinal, nada é eterno.
Ainda bem.
E apesar do céu azul, o dia está horrível.
Ainda ganho uma varinha de condão e faço horrores com ela.
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
MÁRIO QUINTANA
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Expectativas
domingo, 9 de novembro de 2008
Você é tudo (Mano Borges)
Tudo e muito mais
O que sou capaz
é muito pouco eu sei
Você faz tudo muito bem,
Não se compara a ninguém
E Então faça de mim
O seu bem-me-quer
Faça de nós tudo o que quiser
Você faz tudo muito bem,
Não se compara a ninguém
Porque anos atrás
Você tocou meu coração
E me amou, mas aprendi
Tudo na vida
Tem seu princípio e fim
E se ainda assim
Você quiser, eu vou estar, onde estiver
A felicidade é uma janela aberta
À espera de alguém
Que esteja a fim.
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Divagações...
Tornei-me (mais) calma, sempre sonsa, emocionando-me até com formigas passeando pela cozinha.
Voltei a cometer pecados, sejam capitais ou não.
Voltei a ler poesias, ouvir músicas e, melhor, a receber delicadezas em forma de palavras.
Voltei a imaginar encontros, a vigiar o telefone e consultar o calendário, em busca de feriados que me levem daqui.
Fiquei diferente, fiz-me eu novamente e gosto bem mais de mim assim.
Acho que isso tem nome, tem endereço e telefone.
Acho que isso se chama amor.
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
DUALIDADE
Feito maré, ora me afasto, retraio e penso me guardar estando distante para, em seguida, regressar ocupando espaços, abraçando territórios e preenchendo vazios.
Feito estrada, busco atalhos, percorro distâncias, me perco em desvios na tentativa de liberdade, para, em seguida, perceber-me perdida sem seus sinais.
Feito chuva, ameaço, trago confusão e mudo o céu. Ora caio pesada, sem piedade; ora sou alivio em meio à seca. Dependo do chão que me recebe.
Feito vento, posso ser furacão e desarrumar, desordenar e destruir, mas me posso brisa que alivia dias secos tornando-os suaves e de paz.
Possuo extremos, desfaço-me em contradições e desejos imprecisos. Sou quem dá vida; sou quem a toma. Minha coragem se esvai ao primeiro “ai” que brote de mim; meu viço ressurge ao primeiro “oi” que venha de ti.
Sou força, energia e calor, sendo morte, fraqueza e friagem. Duas que em mim convivem, me desarmando quando se afastas e me tornando guerreira quando seu amor é presente, escudo a me proteger de toda e qualquer ameaça e arma capaz de combater toda e qualquer possibilidade de não ser feliz.
Amor é amor...
Fiquei aqui pensando se meu metabolismo é torto ou se o resultado deste estudo foi equivocado. Há quase oito anos me apaixonei por palavras, escritas por mim e para mim; me encantei, depois de alguns dias, por uma voz rouca, tão deliciosamente gostosa que me fazia perder noites de sono apenas para ouvi-la, sem nunca me cansar (por mais que a orelha doesse). Depois me encantei por um senso de humor afiado, uma inteligência apurada e um jeito de ver a vida de forma muito semelhante à minha.
O cheiro, esse só fui sentir após meses (e tenho que confessar que, até hoje, me faz viajar em lembranças e sensações), mas aí meu sistema imunológico já havia se rendido completamente e, ainda que o dele fosse exatamente igual ou que nada tivesse a acrescentar ao meu, já era bem tarde, a paixão era intensa e irremediável.
Não o escolhi pelo cheiro ou para complementar algo que me falta geneticamente, mas para preencher os vazios que existiam na minha alma, corpo e vida.
Me completa, me faz sentir amada e capaz de superar todas as dores que a vida, tão freqüentemente, deixa em minha porta.
Abandonei as águas, atraquei neste porto, onde penso permanecer até o último segundo do meu tempo, protegida e com a certeza de, por mais que, por vezes, tempestades e ventanias me afastem deste cais, é para ele que sempre retorno. É onde está minha casa, é onde sempre permanecerá meu coração.
Que a ciência explique o universo e o metabolismo dos seres vivos, mas o coração e os sentimentos, cabe a cada um saber aquilo que lhe move e encanta.
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Ajuda
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Nostalgia
domingo, 31 de agosto de 2008
SAUDADE
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
Não olhe pra trás
NÃO OLHE PRA TRÁS
Nem Tudo é Como Você Quer
Nem Tudo Pode Ser Perfeito
Pode Ser Fácil se Você
Ver o Mundo de Outro Jeito
Se o Que é Errado Ficou Certo
As coisas são como elas são
A sua inteligência ficou cega
De tanta Informação
Se Não faz sentido, Discorde Comigo, Não é nada demais
São águas passadas, Escolha uma estrada, E não Olhe
Não Olhe Prá Trás
Você quer Encontrar a Solução
Sem ter nenhum problema
Insistir e se preocupar demais
Cada escolha é um dilema
Como sempre Estou
Mais do seu lado que você
Siga em frente em linha reta
E não procure o que perder
Se Não faz sentido, Discorde Comigo, Não é nada demais
São águas passadas, Escolha uma estrada, E não Olhe
Não Olhe Prá Trás
domingo, 3 de agosto de 2008
CORES
quinta-feira, 3 de julho de 2008
Depressão
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Triste
sexta-feira, 4 de abril de 2008
Acordando...
sábado, 1 de março de 2008
APRENDIZ
ÀS AVESSAS
ENTRE AZUIS E LARANJAS, TE VEJO NO CÉU DE MAIO
PARTÍCULAS DO OBSCURO
Encontro-te em espaços atemporais
Mistérios que em mim se fazem constantes
Reflito e me conflito em desejos e não quereres
Não anseio ver-te, mas sonho contatos
As bocas são sempre tão iguais e mornas...
Quero-te distante, mas pretendo seus abraços
Em especial nestes dias de frio e chuva
Por onde andarás neste exato instante em que te penso?
A caminho do trabalho, disso tenho certeza
Mas podes também estar a mastigar a vida destemperada
O telefone não irá tocar, isso é previsão concreta
A campainha portanto não me chamará ao portão
O carro que buzina não me solicita presença
Apenas clama que lhe tirem dali.
Feito eu neste instante.
PRETENSÃO
Se eu pudesse ser...
o dia pra espalhar claridades e clarividências;
a noite pra chover estrelas em céus negros de almas amargas;
o amanhecer pra colorir vidas monocromáticas;
o entardecer pra suavizar em explosão de laranja sentimentos obscuros;
o fogo e queimasse as dores e mágoas;
o vento, mesmo os furacões, e levasse coisas e pessoas a outras coisas e pessoas;
a terra e nela fincasse raízes de amor e enterrasse ódios e amarguras;
a água e lavasse as palavras mal faladas, mal escritas e mal-ditas;
a chuva e transbordasse os rios de afetos e fizesse corredeiras de paixão;
as distâncias e as diminuísse na medida exata da saudade que causam;
a saudade e a substituísse por presença;
a presença e a fizesse constante;
a constancia e nunca a permitisse rotina;
Se eu pudesse o amor...
Ah se eu pudesse!
Passagem
É ruim pensar que somos apagados pela borracha do tempo nas lembranças e carinhos de outros a quem dedicamos sentimentos e dividimos um pouquinho que seja do que temos de melhor (e do pior também).
Ficamos sentindo que fomos desimportantes o bastante para sermos excluídos da vida daqueles que nos abandonam e, pra ser sincera, abandono dói e incomoda tanto!
É realmente estranha a passagem do tempo, que deixa lembranças, dores, alegrias sempre recordadas e pessoas que, sem nem dizer tchau, desapareceram nas estradas tortas dos tantos caminhos que percorremos.
Mas, dificil mesmo é ficar sempre imaginando se dissemos, fizemos algo para tal "sumiço", ou foi apenas porque fomos desinteressantes o bastante para sermos esquecidos juntamente com o calendário passado do ano que acabou.
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domingo, 16 de dezembro de 2007
É AQUI
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
terça-feira, 27 de novembro de 2007
Natal
Enquanto não chega, me vejo as voltas com meus tantos diários, quase todos preenchidos (ufa!). Depois disso, recuperação para alguns teimosos que insistiram em nada fazer nos 200 dias letivos, conselho de promoção marcado para o dia exato do meu aniversário (sacanagem). Este ano ainda terei de cumprir o tal ritual de formatura, escrever um discurso, colocar essas roupas que me fazem sentir que não sou eu, mas alguém que nunca quis ser, enfim.... Depois disso, mais um ano de trabalho se acaba e férias, sonhadas e merecidas férias...
Praia, passadinha em casa, montanha, passadinha em casa, praia, carnaval, não necessariamente nessa ordem. E lá estou recomeçando tudo outra vez. Mas sobre isso nem quero pensar agora, ainda há muito a fazer antes do natal e da chegada do papai Noel. Quem sabe nesse ano ele se lembre de mim e me mande aquele presente? Na dúvida, vou colocar meu sapatinho na janela, afinal, não tenho lareira pra pendurar uma meia.
E pra garantir um 2008 menos um monte de coisas tristes e mais outro tanto de coisas boas, separo uma roupa branca, quem sabe Iemanjá receba minhas rosas e me agradeça com pequenas surpresas felizes e Deus me sorria e irradie sua luz mais radiante.
Enquanto espero, me revisto de expectativas de que o próximo será um ano a ser lembrado especialmente entre todos os que até agora já vivi.
Feliz Natal (aos homens de boa vontade e aos que não a possuem também)
Froehliche Weihnachten
Shenoraavor Nor Dari yev Pari Gaghand
Zorionstsu Eguberri. Zoriontsu Urte Berri On
Bodo Din Shubh Lamona
Vesele Vanoce
Nedeleg laouen na bloavezh mat
Tchestita Koleda; Tchestito Rojdestvo Hristovo
Nadolig Llawen a Blwyddyn Newydd Dda
Merry Christmas
Nollaig Chridheil agus Bliadhna Mhath Ur
Gajan Kristnaskon
Sretan Bozic or Vesele vianoce
Vesele Bozicne. Screcno Novo Leto
Feliz Navidad!
Roomsaid Joulu Puhi
Cristmas-e-shoma mobarak bashad
Hyvaa joulua
Joyeux Noel
Noflike Krystdagen en in protte Lok en Seine yn it Nije Jier!
Nadolig Llawen
Kala Christouyenna!
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
Filha do Vento (ou divagações do inconsciente)
No dia seguinte ficou o suficiente para fazê-la cair. No chão, perguntou-se depois a que viera, indagação sem resposta em meio à multidão que lhe rodeava.
Sucessão de dias cheios de ínfimos tempos de não-ser, não-estar, não saber-se quem, onde ou porque. Pequenos vácuos de memórias povoando sua vida habitada de buracos de inconsciência.
Acostumou-se àqueles pequenos nadas que, se não lhe acrescentava, tampouco lhe tomava. Só se sabia girando rápido para, logo depois, ver-se caminhando serena entre a multidão que, assombrada, lhe via fugir-se e recobrar-se como quem pisca perante a luz.
Não tinha consciência se perdia-se muito ou pouco. O tempo deixara de ter significado maior que dias e noites sucedendo-se em velocidade oscilante, dependendo do sopro inconsciente que fazia o grande cata-vento de seu cérebro girar ou estacar de solavanco quando menos esperava.
Girava, parava, girava e tornava a parar. Até que num dia de forte ventania interna alçou-se pelos céus.
Sua última imagem foram pontos coloridos, piscando distantes entre nuvens brancas de um céu de novembro.
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Se tu me esqueces
Tu já sabes o que é:
domingo, 28 de outubro de 2007
Caio F., in Vai passar.
sábado, 27 de outubro de 2007
Para uma noite chuvosa
Raríssimos filmes me fazem chorar. Abro aqui duas exceções para Philadelfia e A Casa dos Espíritos, os quais posso assistir mil vezes e mil vezes chorarei feito criança. Eles, os filmes, me doem profundamente. Tanto que permaneço pesada de tristeza horas após tê-los visto. Entretanto, não foi nenhum deles que assisti hoje, mas Batismo de Sangue, adaptado do livro homônimo de Frei Beto.
Sempre me emocionei com a história de Frei Tito, de sua pureza, de sua crença na bondade das pessoas, de sua religiosidade inocente. Gostaria de tê-lo conhecido. Gostaria que ele tivesse resistido, que seu espírito puro não tivesse se contaminado com os demônios torturadores que lhe tiraram a vida bem antes de sua morte.
Gostaria de viver em um país menos ignorante, onde sou obrigada a ouvir que bom era no tempo dos militares. Gostaria que aqueles que ainda defendem tais métodos de governo (e de assassinatos) que levou tantos meninos e meninas a pegarem em armas em busca de liberdade pudessem entender que, por mais que tenham conseguido lucros pessoais neste período (acredito que somente aqueles que obtiveram vantagens pessoais, direta ou indiretamente, defendem um regime de exceção), as tantas mortes de pessoas decentes que hoje poderiam estar fazendo diferença neste país são impagáveis.
Ao mesmo tempo me pergunto: de que valeu tudo aquilo? Temos uma democracia e um país povoado de adolescentes (e até adultos) pequeno-burgueses, alienados, que se preocupam, quando muito, com a etiqueta do jeans ou do tênis. É a geração modinha, uniformizada, que jamais entenderia a rebeldia daquela outra juventude que abria mão da própria vida, crendo que venceriam a ditadura militar, altamente organizada e amparada por padrinhos poderosos.
Queria ter pertencido à geração de Frei Tito. Nasci tarde. Assim, me resta torcer para que esta mancha vergonhosa em nossa história não se repita, pois, se vier a acontecer, penso que caberá a nós, quase velhos, fazermos o papel daqueles jovens.
domingo, 21 de outubro de 2007
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
Bailarina
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
Nostalgia
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
Sexta-Feira
Hoje, sexta-feira, quando a maioria do mundo está, a esta hora, se preparando para os tantos programas esperados desde o fim de semana anterior, aqui estou, em minha caverna, ermitã que sou, ouvindo velhas músicas e tentando resgatar um pouquinho que seja da que um dia fui. Chego a pensar que, com exceção da superfície, gasta pelo tempo, mantenho muito de muitos anos atrás. Ainda sonho sonhos românticos, choro e me emociono com cenas há tanto vividas e outras que espero viver, enfim, não perdi em definitivo minha herança de emoções, apesar das tantas tentativas em ser mais racional.
Quando só, envolta nas lembranças, embalada por músicas que fizeram com que eu chorasse ou risse em outros tempos, ainda me embriago nas emoções e esqueço que a razão é importante, na verdade essencial para a sobrevida do espírito.
Amanhã me recomponho, busco a racionalidade e volto a ser normal. Hoje me deixo voltar a ser passional e me permito sonhar impossíveis, na certeza de que, ao menos nos sonhos, não se fere ou se é ferido.
Que todo o resto fique para amanhã...
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
Inverno
Gosto de dias frios, quando o perfume permanece mais tempo na pele, ficamos mais elegantes e sem aquele aspecto de ter corrido uma maratona, entretanto, as noites frias não me agradam além do fato de me permitirem dormir melhor.
Noites frias, para mim, são sinônimo de solidão. Faltam braços, abraços, quentura, enfim. O frio parece nos mostrar o quanto somos sós e vulneráveis à solidão; o quanto somos pequenos quando sozinhos.
Tosei meu cãozinho, não sabia do frio que chegaria. Ele também ressente-se e quer aconchego. Agora dorme em meu colo enquanto tento escrever. Quem sabe a friagem tenha invadido também a sua alma e, como eu, quer apenas sentir-se par, que possui alguém que lhe aquecerá o corpo e o espírito. Penso então que o frio faz mal ao cérebro e deixa-nos fantasiosos demais.
Hoje alguém disse que faço falta quando distante. Nenhum diálogo romântico, colegas de trabalho, quisera fosse alguém me ansiando, descontente também com o frio solitário, descobrindo calor ao meu redor, em mim...
Somos mesmo muito frágeis, por mais que tentemos manter nossas máscaras de coragem e independência. Será o frio quem as tira e nos deixa nus diante de nós mesmos, despreparados para perceber que nossa força é um engodo, nossa coragem é uma balela e nossa auto-suficiência a maior mentira que insistimos em nos dizer a cada dia quando, diante do espelho, nos dizemos que nos bastamos e não queremos ou precisamos de alguém que nos diga o quanto somos importantes e amados.
Decididamente, acho que não gosto do frio; ele me mostra alguém que não quero ou que já me esqueci como ser. Quem sabe amanhã ele se vá...
domingo, 23 de setembro de 2007
Eu nunca me senti assim
Quantas ainda diremos (ou pensaremos)...
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
MÚSICA 3
domingo, 2 de setembro de 2007
sábado, 1 de setembro de 2007
Família, família...
Envelheço.
Ao encontrar esta fotografia, percebo quão inexorável é o tempo. Parece que foi ontem que foi tirada por um fotógrafo amigo da família, de nome Gustavo (será que ainda vive? creio que não), que vezenquando aparecia em nossa casa munido de sua máquina fotográfica e se deliciava tirando fotos de toda a família.
Música, remédio para a alma
Tomara que dê certo.
George Harrison - Gime Me Love
domingo, 26 de agosto de 2007
Algumas manias....
1. Sonhar antes de dormir.
2. Começar as frases com “não”, mesmo quando estou concordando com o interlocutor. (Não, eu acho que você tem razão).
3. Olhar por cima dos óculos, mesmo sabendo que nada irei enxergar fora do campo das lentes.
4. Escutar uma música diversas vezes, depois fazer a mesma coisa com outra.
5. Comprar vários perfumes e usar apenas um.
6. Dormir com a cama cheia de travesseiros.
7. Manter o controle remoto da tv no canto da cama, ainda que nunca a ligue no meio da noite.
8. Ficar longo tempo parada pensando em coisas ou pessoas.
9. Colocar o celular pra despertar bem mais cedo e apertar a soneca umas 4 ou 5 vezes antes de me levantar.
10. Ter longos monólogos com meu cachorrinho.
Claro que devo ter mais algumas milhares de manias, mas quem não tem? O inocente atire a primeira pedra.
sábado, 25 de agosto de 2007
Meu Frederico...
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
ENERGIA VITAL
MEUS PECADOS CAPITAIS
Desde que te conheci ando cometendo mais e mais pecados...
Me enxergo em seus olhos e me vejo bela, sedutora. Deixo que uma sensualidade que só você enxerga se aposse de mim. Soberba, creio-me a mais adorada e desejada; a que possui tudo daquele por quem é amada...
Quando me tocas sou animal que se guia por cheiros, toques e delírios. Mulher passional, dominada pela luxúria e prazer, viva e revivida por suas mãos, que conhecem de cor minha geografia; perco-me desvendando a sua.
Preguiçosa, permito que meu corpo se aquiete ao lado do seu quando, cansados por percorremos tantas trilhas, reais ou imaginárias, em busca do gozo que nos transporta a dimensões desconhecidas.
Guardo cada toque, palavra ou beijo. Segredos que confessamos sem medos ou pudores. Não os divido com ninguém; escondo-os feito doces que não quero repartir. São apenas nossos e, avarenta, oculto-os do resto do mundo.
Em nossas desmedidas e dolorosas partidas, quando a razão perde espaço à emoção, domina-me uma imensa ira ante a impotência da possibilidade de perceber-me sem ti.
Cada ausência é suplicio. Tenho fome inesgotável de tua presença aqui, cada vez mais perto. E, quando juntos, quanto mais me abasteço, maior a gula, maior a vontade de estar mais e mais... Fome constante e nunca saciada.
Tenho inveja, confesso que tenho, do lençol que te aninha todas as noites, da roupa que te cobre o corpo tão meu, do cãozinho que recebe seus carinhos diários, enfim, de tudo que te rodeia enquanto eu, te amando tanto, tenho que estar tão longe.
Me fizeste transgressora que quer continuar a cometer estes pecados pelo tempo que a existência permitir, pois me alimento deles e é através de cada um que torno-me mais e mais a mulher que nem imaginava ser.
Doces pecados, que eu viva muito para cometê-los...