Amamos porque amamos. Assim, no seco, sem explicações ou justificativas, afinal amor é sentimento, emoção e, como tais, não tem razão.
Se amar fosse razão, quando interessados no produto abriríamos uma licitação, publicaríamos o edital e ficaríamos à espera das propostas, a fim de escolher a mais vantajosa e ou lucrativa.
Nosso coração não balançaria ao ouvir uma música que nos remete àquele dia especial, nossas mãos não suariam ou teríamos aquela montanha-russa de friagem ao ganhar aquele beijo há tanto sonhado.
Escolheríamos quem nos trouxesse vantagens e, caso a proposta vencedora não correspondesse ao serviço contratado, bastaria anular o acordo e chamar o seguinte da lista de proponentes. Poderíamos, inclusive, pedir uma indenização por perdas e danos.
Sem sentimentalismos, teríamos objetividade na escolha e não teríamos vontade de morder as paredes quando o outro nos levasse às raias da loucura com suas manias e costumes irritantes; não passaríamos tantas noites de olhos abertos buscando onde pecamos, o que não fizemos e o porquê de tantos fins.
Objetivamente, buscaríamos aquilo que precisássemos no momento, com prazo de encerramento e data de inicio.
“Precisa-se de homem, inteligente, bonito, excelente situação financeira e bons antecedentes a fim de produzir um filho”.
“Necessita-se de mulher educada, 3º grau completo, bonita e bem cuidada para namoro de 4 meses e 19 dias, a contar a partir da assinatura do contrato”.
“ Contrata-se temporariamente mulher para fins de casamento, sem objetivo de filhos, exigindo-se que a mesma nunca discorde, seja dócil e diga 46 vezes ao dia que o então marido é maravilhoso”.
“Precisa-se de homem para relação cons fins estritamente sexuais, devendo o interessado possuir disponibilidade e virilidade, além de boa dose de sensibilidade”.
Seria tão fácil. Bastaria escolhermos as características desejadas e contratar aquele ou aquela que melhor se adequasse aos nossos desejos, sem essas tantas emoções que nos sacodem os dias, quer estejamos ou não amando. Se não amamos, queremos encontrar alguém que dê sentido às nossas vidas e, quando apaixonados, balançamos na corda bamba das relações humanas, cheias de altos e baixos, de caminhos desconhecidos e, muitas vezes, dolorosos.
Ao fim de cada relação sai-se machucado, não importa de quem seja a decisão de encerrar. Doemos, sentimos falta, as coisas ruins desaparecem e fica sempre o que de bom o outro deixou, tornando-o uma espécie de santo, ao qual recorremos sempre que algo vai mal.
O que chega depois é olhado como intruso a principio e, aos poucos, é que vai tomando rédea do amor daquela pessoa. Pisa em ovos, escorrega até encontrar equilíbrio para se impor como dono do território mas, basta um pequeno fraquejo, e lá vem a inevitável comparação:
__ Se Fosse com fulano, jamais seria assim ! Ele(a) era mais assim, mais assado, me amava mais, me compreendia mais, me tudo mais !
Amor, definitivamente, deveria viver no campo da razão, deixando o ser humano mais centrado e menos bobo; mais sóbrio e menos choroso; mais calculista e menos sonhador; mais adulto e menos adolescente.
Seriamos mais equilibrados, ainda que nunca mais parássemos pra ver a beleza da lua; nunca mais chorássemos de emoção ao ler ou ouvir algo verdadeiramente apaixonado enviado a nós ou quiséssemos morrer ao ver quem se ama partir, mas me pergunto, valeria a pena ou seriamos mais felizes ?
Se amar fosse razão, quando interessados no produto abriríamos uma licitação, publicaríamos o edital e ficaríamos à espera das propostas, a fim de escolher a mais vantajosa e ou lucrativa.
Nosso coração não balançaria ao ouvir uma música que nos remete àquele dia especial, nossas mãos não suariam ou teríamos aquela montanha-russa de friagem ao ganhar aquele beijo há tanto sonhado.
Escolheríamos quem nos trouxesse vantagens e, caso a proposta vencedora não correspondesse ao serviço contratado, bastaria anular o acordo e chamar o seguinte da lista de proponentes. Poderíamos, inclusive, pedir uma indenização por perdas e danos.
Sem sentimentalismos, teríamos objetividade na escolha e não teríamos vontade de morder as paredes quando o outro nos levasse às raias da loucura com suas manias e costumes irritantes; não passaríamos tantas noites de olhos abertos buscando onde pecamos, o que não fizemos e o porquê de tantos fins.
Objetivamente, buscaríamos aquilo que precisássemos no momento, com prazo de encerramento e data de inicio.
“Precisa-se de homem, inteligente, bonito, excelente situação financeira e bons antecedentes a fim de produzir um filho”.
“Necessita-se de mulher educada, 3º grau completo, bonita e bem cuidada para namoro de 4 meses e 19 dias, a contar a partir da assinatura do contrato”.
“ Contrata-se temporariamente mulher para fins de casamento, sem objetivo de filhos, exigindo-se que a mesma nunca discorde, seja dócil e diga 46 vezes ao dia que o então marido é maravilhoso”.
“Precisa-se de homem para relação cons fins estritamente sexuais, devendo o interessado possuir disponibilidade e virilidade, além de boa dose de sensibilidade”.
Seria tão fácil. Bastaria escolhermos as características desejadas e contratar aquele ou aquela que melhor se adequasse aos nossos desejos, sem essas tantas emoções que nos sacodem os dias, quer estejamos ou não amando. Se não amamos, queremos encontrar alguém que dê sentido às nossas vidas e, quando apaixonados, balançamos na corda bamba das relações humanas, cheias de altos e baixos, de caminhos desconhecidos e, muitas vezes, dolorosos.
Ao fim de cada relação sai-se machucado, não importa de quem seja a decisão de encerrar. Doemos, sentimos falta, as coisas ruins desaparecem e fica sempre o que de bom o outro deixou, tornando-o uma espécie de santo, ao qual recorremos sempre que algo vai mal.
O que chega depois é olhado como intruso a principio e, aos poucos, é que vai tomando rédea do amor daquela pessoa. Pisa em ovos, escorrega até encontrar equilíbrio para se impor como dono do território mas, basta um pequeno fraquejo, e lá vem a inevitável comparação:
__ Se Fosse com fulano, jamais seria assim ! Ele(a) era mais assim, mais assado, me amava mais, me compreendia mais, me tudo mais !
Amor, definitivamente, deveria viver no campo da razão, deixando o ser humano mais centrado e menos bobo; mais sóbrio e menos choroso; mais calculista e menos sonhador; mais adulto e menos adolescente.
Seriamos mais equilibrados, ainda que nunca mais parássemos pra ver a beleza da lua; nunca mais chorássemos de emoção ao ler ou ouvir algo verdadeiramente apaixonado enviado a nós ou quiséssemos morrer ao ver quem se ama partir, mas me pergunto, valeria a pena ou seriamos mais felizes ?
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