Rendo-me diante do inevitável e inquestionável...
Perdi-me por tempo demais em devaneios, sonhos e ilusões de anseios irrealizáveis...
É chegado o momento de desprender-me de todas as amarras que me ligam a situações que não controlo ou tenho poder de decisão...
Resta-me a resignação de aceitar as impossibilidades e a coragem para seguir com firmeza ...
As mãos seguirão vazias, sem o peso de qualquer bagagem que possa dificultar a caminhada, o coração, no entanto, segue preenchido de todos os amores e carinhos que ecoaram no vazio...
Dirigidos ao vento que os levou para logo retornar e entregá-los de volta. Não encontraram destinatário. Não anseio guardá-los, mas estão tão firmemente colados aqui.
Feito folha desgarrada da árvore-mãe, fui perdendo seiva vital que me sustentava e mantinha viçosa. Carregada pela brisa ou vento forte, jogada ora para sul, ora para o norte, perdi-me.
Não tenho mais raízes de referência, não possuo o aconchego de um lugar conhecido e acolhedor. Perdi-me de mim....
Buscar o antigo, retornar ao ponto de partida é impossível. Não conseguirei colar-me à árvore e recuperar o verde de outrora. Sou folha seca e escurecida pela natureza inclemente.
Seguirei pelos cantos e atalhos. O medo de, descuidadamente, ser pisada e esmigalhada é forte. Folhas secam não se amassam; não se cicatrizam: desintegram-se.
Somente a certeza de ser folha. Que importa de qual árvore? Também não saberia dizer. Apenas folha.
Folha solitária levada pelos ventos, sem a esperança do sonho que alegra e dá cor à sua figura apagada. Sem a ânsia de uma realidade de amor imortal, carrega em si lembranças de passado preenchido de dores, saudades e amor incondicional.
Mas sigo. Mais importante que prever o destino, é saber-se caminhando...
As distâncias se aproximarão a cada vento forte.
O infinito irá se delineando a cada trecho percorrido.
Folha solitária, mas corajosa e confiante que um dia, lá adiante, quando a fragilidade do meu corpo for evidente, o vento me alcançará mais uma vez. Seu abraço me desmanchará em milhões de partículas que se espalharão pela terra.
Estarei em toda parte... Incompleta, desintegrada...
Sentimentos por tanto tempo reprimidos, agora espalhados...
A terra será adubada de amores, sonhos, saudades e esperanças...
E não estarei mais só...
Farei parte de cada elemento que dali nascer...
Perdi-me por tempo demais em devaneios, sonhos e ilusões de anseios irrealizáveis...
É chegado o momento de desprender-me de todas as amarras que me ligam a situações que não controlo ou tenho poder de decisão...
Resta-me a resignação de aceitar as impossibilidades e a coragem para seguir com firmeza ...
As mãos seguirão vazias, sem o peso de qualquer bagagem que possa dificultar a caminhada, o coração, no entanto, segue preenchido de todos os amores e carinhos que ecoaram no vazio...
Dirigidos ao vento que os levou para logo retornar e entregá-los de volta. Não encontraram destinatário. Não anseio guardá-los, mas estão tão firmemente colados aqui.
Feito folha desgarrada da árvore-mãe, fui perdendo seiva vital que me sustentava e mantinha viçosa. Carregada pela brisa ou vento forte, jogada ora para sul, ora para o norte, perdi-me.
Não tenho mais raízes de referência, não possuo o aconchego de um lugar conhecido e acolhedor. Perdi-me de mim....
Buscar o antigo, retornar ao ponto de partida é impossível. Não conseguirei colar-me à árvore e recuperar o verde de outrora. Sou folha seca e escurecida pela natureza inclemente.
Seguirei pelos cantos e atalhos. O medo de, descuidadamente, ser pisada e esmigalhada é forte. Folhas secam não se amassam; não se cicatrizam: desintegram-se.
Somente a certeza de ser folha. Que importa de qual árvore? Também não saberia dizer. Apenas folha.
Folha solitária levada pelos ventos, sem a esperança do sonho que alegra e dá cor à sua figura apagada. Sem a ânsia de uma realidade de amor imortal, carrega em si lembranças de passado preenchido de dores, saudades e amor incondicional.
Mas sigo. Mais importante que prever o destino, é saber-se caminhando...
As distâncias se aproximarão a cada vento forte.
O infinito irá se delineando a cada trecho percorrido.
Folha solitária, mas corajosa e confiante que um dia, lá adiante, quando a fragilidade do meu corpo for evidente, o vento me alcançará mais uma vez. Seu abraço me desmanchará em milhões de partículas que se espalharão pela terra.
Estarei em toda parte... Incompleta, desintegrada...
Sentimentos por tanto tempo reprimidos, agora espalhados...
A terra será adubada de amores, sonhos, saudades e esperanças...
E não estarei mais só...
Farei parte de cada elemento que dali nascer...
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