quarta-feira, 8 de agosto de 2007

RÉ CONFESSA

Ciúme é coisa que nem imagino o que seja. Nunca o senti.
Se mordo até os dedos quando ele some e eu não sei onde está é porque fico preocupada. A violência das ruas é realidade.
Se me descabelo ao primeiro sinal de que está diferente, é só preocupação.
Se sonho que não me ama mais e choro feito doida no dia seguinte é porque sou emotiva. Coisa normal.
Se fosse ciumenta não teria nenhum pudor em confessar mas, decididamente, não o sou. Até nem gosto de gente ciumenta; já tive um amor findo por causa do ciúme dele.
O que sinto por ele não é ciúme não, é só um medão imenso de não sabe-lo mais nosso. É só pavor de pensar que essa luz e calor podem se irradiar pra outra direção que não seja a minha. Mas ciúme, continuo afirmando que não é, tenho certeza.
Sensação gostosa me saber não ciumenta. Dizer assim, de boca cheia e nariz pra cima que nem me importo com quem ou o que está fazendo, que nem ligo quando o procuro e não encontro. Sei que daí a pouco estará de volta. É certo que antes disso acontecer já lutei heróicas batalhas com meus monstros interiores. Besteira, coisa normal, ciúme é que não é...
Antes de pensar que o que sinto seja ciúme, prefiro dizer que tenho muito medo de perder sua presença em minha vida; minha ponte de luz, infinitas cores que iluminam dias anteriormente opacos e monocromáticos.
Bem mais que ciúme, prefiro chamar isso de amor...

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