quarta-feira, 8 de agosto de 2007

DOS MEUS SILÊNCIOS

Dos meus silêncios, há aqueles que doem e os que são de paz.
O silêncio de cumplicidade, quando falar não se faz necessário é bom;
Aquele em que qualquer coisa dita exprima mágoa e dor machuca.
A manhã silenciosa quando queremos dormir mais um pouco é presente;
A casa vazia de ruídos no dia seguinte à partida de um amor fere.
O gemido de dor incomoda e deprime;
O silêncio após os tantos gemidos de prazer é acalanto.
O fim de tarde silente, após um dia tumultuado, parece dádiva;
Fins de tardes sucedendo dias e noites caladas é tormento.
O silêncio temporário da sua ausência chama saudade e expectativa;
O silêncio definitivo do seu adeus é negrume e morte.
Pedaços de sons, retalhos de ruídos entre silêncios que ora exprimem vida, ora remetem às Tantas mortes que enfrentamos ao longo da existência.

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