Um dia, sem que estejamos preparados, talvez nem mesmo receptivos, eis que nos vemos grávidos de um Sonho.
Depois de fecundado dentro de nós, acabamos por acalentá-lo, mimá-lo de todas as cores e sabores de que somos capazes, por vezes até as que não poderíamos, mas tudo vale o esforço pra ver o menino crescer.
E ele cresce, toma espaços, empurra a Razão que fica a berrar que tenhamos cuidado, que ainda lhe voltaremos os olhos e veremos o quanto perdemos por deixá-la de lado. Sequer a escutamos, em completa indiferença. Tudo vale pra ver nosso pequeno crescer.
Vai tomando forma dentro de nós e o imaginamos a cada dia mais belo e o tanto que leva de nós.
É filho feito nos moldes da nossa felicidade, feito por nós, para nós...
Tudo parece perfeito até que a tal Realidade, a bruxa má que existe em toda história, aparece e começa a mostrar o quanto a beleza e perfeição do nosso Sonho não passou de cria de uma sua conhecida, a Ilusão.
Aquele que amamentamos com nossa esperança, que saciamos a sede com nossa paixão, que alimentamos com a despensa de amor e carências que tínhamos no estoque da alma, não passou de um engodo.
Só existiu no útero do coração que sequer pode pari-lo. O sonho abortou-se antes que lhe sentíssemos o calor, antes que pudéssemos acalentá-lo nos braços ou ver-lhe o rosto.
Morto, partido ou sequer parido, deixa no lugar das tantas esperanças e expectativas, a certeza de cicatriz perene, crosta bruta e feia, que fecha as portas para que neste corpo nada mais fecunde ou germine.
Solo estéril que espera a morte do viço enquanto vela os destroços do que sonhou...
Depois de fecundado dentro de nós, acabamos por acalentá-lo, mimá-lo de todas as cores e sabores de que somos capazes, por vezes até as que não poderíamos, mas tudo vale o esforço pra ver o menino crescer.
E ele cresce, toma espaços, empurra a Razão que fica a berrar que tenhamos cuidado, que ainda lhe voltaremos os olhos e veremos o quanto perdemos por deixá-la de lado. Sequer a escutamos, em completa indiferença. Tudo vale pra ver nosso pequeno crescer.
Vai tomando forma dentro de nós e o imaginamos a cada dia mais belo e o tanto que leva de nós.
É filho feito nos moldes da nossa felicidade, feito por nós, para nós...
Tudo parece perfeito até que a tal Realidade, a bruxa má que existe em toda história, aparece e começa a mostrar o quanto a beleza e perfeição do nosso Sonho não passou de cria de uma sua conhecida, a Ilusão.
Aquele que amamentamos com nossa esperança, que saciamos a sede com nossa paixão, que alimentamos com a despensa de amor e carências que tínhamos no estoque da alma, não passou de um engodo.
Só existiu no útero do coração que sequer pode pari-lo. O sonho abortou-se antes que lhe sentíssemos o calor, antes que pudéssemos acalentá-lo nos braços ou ver-lhe o rosto.
Morto, partido ou sequer parido, deixa no lugar das tantas esperanças e expectativas, a certeza de cicatriz perene, crosta bruta e feia, que fecha as portas para que neste corpo nada mais fecunde ou germine.
Solo estéril que espera a morte do viço enquanto vela os destroços do que sonhou...
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