Encontro estranho foi aquele. Atípico e fadado ao fracasso, ainda que tenham tentado remar contra a maré das inúmeras impossibilidades que se avolumavam, a cada dia, diante dos dois.
Ele, em busca de algo que julgava meio improvável àquela altura de sua vida. Queria o amor, desde que a pessoa que o desse preenchesse alguns requisitos que, a seu ver, eram essenciais (não gostar de música sertaneja, por exemplo, era uma delas). Ela, dolorida ainda pelo fim de um relacionamento (todos os fins doem) preferia um tempo de calmaria dos sentimentos.
Ilude-se quem imagina possuir poder de decisão nas coisas do coração. Nunca temos; eles não tiveram. Quando se acordaram, já haviam se envolvido bem mais do que esperavam, muito mais do que se imaginavam capazes. Adolesceram na quase meia idade.
É certo que ela não ouvia música sertaneja, mas longe estava de preencher os tais requisitos. Racionalmente pensando, ele não fazia o tipo que ela sempre acreditou como ideal. Mas era lindo vê-los juntos, que o diga quem teve a oportunidade.
Superaram barreiras, fronteiras e distâncias. Orgulhos, convicções e posições. Amoleceram-se, amoldaram-se e, acima de tudo, amaram-se. Intensamente. Foram até felizes, ainda que nem os próprios tenham tido muita consciência disso, mas tenho certeza que foram.
Lutaram as grandes batalhas, venceram os obstáculos mais altos, mas esqueceram das pequenas pedras, dos quase invisíveis inimigos; aqueles que vivem no canto mais escuro e escondido de cada um. Foram vencidos por eles, dia a dia, embate por embate. E terminou, talvez sem chances de retorno.
Ainda hoje, quando lembro daquele encontro, meus olhos ganham aquele brilho de saudade e quase sorrio, como se fosse pra eles, como se ainda estivessem aqui na minha frente. É passado, eu sei, mas a lembrança e saudade permanecerão enquanto me lembrar daquele amor, coisa mais que linda, e que hoje, infelizmente, é coisa finda.
Ele, em busca de algo que julgava meio improvável àquela altura de sua vida. Queria o amor, desde que a pessoa que o desse preenchesse alguns requisitos que, a seu ver, eram essenciais (não gostar de música sertaneja, por exemplo, era uma delas). Ela, dolorida ainda pelo fim de um relacionamento (todos os fins doem) preferia um tempo de calmaria dos sentimentos.
Ilude-se quem imagina possuir poder de decisão nas coisas do coração. Nunca temos; eles não tiveram. Quando se acordaram, já haviam se envolvido bem mais do que esperavam, muito mais do que se imaginavam capazes. Adolesceram na quase meia idade.
É certo que ela não ouvia música sertaneja, mas longe estava de preencher os tais requisitos. Racionalmente pensando, ele não fazia o tipo que ela sempre acreditou como ideal. Mas era lindo vê-los juntos, que o diga quem teve a oportunidade.
Superaram barreiras, fronteiras e distâncias. Orgulhos, convicções e posições. Amoleceram-se, amoldaram-se e, acima de tudo, amaram-se. Intensamente. Foram até felizes, ainda que nem os próprios tenham tido muita consciência disso, mas tenho certeza que foram.
Lutaram as grandes batalhas, venceram os obstáculos mais altos, mas esqueceram das pequenas pedras, dos quase invisíveis inimigos; aqueles que vivem no canto mais escuro e escondido de cada um. Foram vencidos por eles, dia a dia, embate por embate. E terminou, talvez sem chances de retorno.
Ainda hoje, quando lembro daquele encontro, meus olhos ganham aquele brilho de saudade e quase sorrio, como se fosse pra eles, como se ainda estivessem aqui na minha frente. É passado, eu sei, mas a lembrança e saudade permanecerão enquanto me lembrar daquele amor, coisa mais que linda, e que hoje, infelizmente, é coisa finda.
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