Há dias em que acordamos encharcados de uma melancolia sem fim, dias em que tudo à nossa volta parece envolto em neblina. Dias embrulhados na opacidade do papel manteiga.
De onde vem esta tristeza que nos assola sem pedir licença?
E sentimos aquela tristeza penetrar em cada poro da nossa alma, sentimos quando se aloja confortavelmente no melhor sofá do coração e espalha seu perfume pelo ambiente dos sentimentos.
Ficamos impregnados de melancolia, os olhos se tornam duas estrelas embaçadas, sem brilho.
E é então que começamos a pensar, recordar, sonhar...
Pensamos na vida que levamos, nas doces presenças de pessoas queridas...
Recordamos épocas onde a inocência e a serenidade nos embalavam. Sonhamos estar lá atrás, naqueles tempos de alegria sem fim...
Sentimos a dor se aproximar e tentar entrar. Expulsá-la é o melhor remédio. Melancolia e dor são explosivos à alma...
Nestes dias, parece que os pensamentos são idosos viajantes à procura de lugar sereno a fim de descansar o corpo fatigado.
Os sentimentos embaralham-se feito cartas jogadas ao vento.
Quase conseguimos nem lembrar das tristezas que nos causaram, quase esquecemos os duros golpes recebidos friamente.
O coração, possuído pela melancolia, só recorda as alegrias. É preciso que nós, com carinho e determinação, o façamos relembrar.
É preciso exibir em tela imensa a este tolo coração, todas as cores das lágrimas cristalinas que vertemos em abundância por acreditar sempre
nas verdades que não eram nossas.
É preciso mostrar, sem lentes coloridas, todas as decepções e mágoas sofridas, não para amargurá-lo, apenas para mostrar-lhe que o ontem já passou... Acabou... Morreu...
Que a alegria foi combustível pleno que nos fez caminhar com sonhos e esperanças, que as tristezas foram nossos degraus, fortalecendo-nos e tornando-nos melhores, mas que são apenas passado... Sem mágoas ou rancores... Apenas passado...
Que as decepções, e foram tantas, tiveram o objetivo de nos fortalecer e nos ensinar a manter sempre os olhos erguidos, mesmo embaçados das lágrimas por tantas vezes derramadas mas, ainda assim, erguidos...
Nestes dias tristes em que somos invadidos por pensamentos tão desconcertantes, parece que vemos olhos familiares que nos fitavam com amor... Mas não era amor...
Parece que ouvimos sorrisos amigos e aconchegantes que nos envolviam... Mas não era amizade...
Parece que sentimos o abraço apertado e afetuoso de pessoas especiais... Mas não era carinho...
E, ao final dos felizes-dolorosos pensamentos, das doce-amargas lembranças, enxergamos que somos felizes pelo passado ser passado, por termos um presente a viver, por possuirmos um futuro a sonhar.
E o dia já nem parece tão triste...
A opacidade do papel manteiga vai sendo mansamente substituída pelo brilho do celofane...
E já quase conseguimos sorrir....
De onde vem esta tristeza que nos assola sem pedir licença?
E sentimos aquela tristeza penetrar em cada poro da nossa alma, sentimos quando se aloja confortavelmente no melhor sofá do coração e espalha seu perfume pelo ambiente dos sentimentos.
Ficamos impregnados de melancolia, os olhos se tornam duas estrelas embaçadas, sem brilho.
E é então que começamos a pensar, recordar, sonhar...
Pensamos na vida que levamos, nas doces presenças de pessoas queridas...
Recordamos épocas onde a inocência e a serenidade nos embalavam. Sonhamos estar lá atrás, naqueles tempos de alegria sem fim...
Sentimos a dor se aproximar e tentar entrar. Expulsá-la é o melhor remédio. Melancolia e dor são explosivos à alma...
Nestes dias, parece que os pensamentos são idosos viajantes à procura de lugar sereno a fim de descansar o corpo fatigado.
Os sentimentos embaralham-se feito cartas jogadas ao vento.
Quase conseguimos nem lembrar das tristezas que nos causaram, quase esquecemos os duros golpes recebidos friamente.
O coração, possuído pela melancolia, só recorda as alegrias. É preciso que nós, com carinho e determinação, o façamos relembrar.
É preciso exibir em tela imensa a este tolo coração, todas as cores das lágrimas cristalinas que vertemos em abundância por acreditar sempre
nas verdades que não eram nossas.
É preciso mostrar, sem lentes coloridas, todas as decepções e mágoas sofridas, não para amargurá-lo, apenas para mostrar-lhe que o ontem já passou... Acabou... Morreu...
Que a alegria foi combustível pleno que nos fez caminhar com sonhos e esperanças, que as tristezas foram nossos degraus, fortalecendo-nos e tornando-nos melhores, mas que são apenas passado... Sem mágoas ou rancores... Apenas passado...
Que as decepções, e foram tantas, tiveram o objetivo de nos fortalecer e nos ensinar a manter sempre os olhos erguidos, mesmo embaçados das lágrimas por tantas vezes derramadas mas, ainda assim, erguidos...
Nestes dias tristes em que somos invadidos por pensamentos tão desconcertantes, parece que vemos olhos familiares que nos fitavam com amor... Mas não era amor...
Parece que ouvimos sorrisos amigos e aconchegantes que nos envolviam... Mas não era amizade...
Parece que sentimos o abraço apertado e afetuoso de pessoas especiais... Mas não era carinho...
E, ao final dos felizes-dolorosos pensamentos, das doce-amargas lembranças, enxergamos que somos felizes pelo passado ser passado, por termos um presente a viver, por possuirmos um futuro a sonhar.
E o dia já nem parece tão triste...
A opacidade do papel manteiga vai sendo mansamente substituída pelo brilho do celofane...
E já quase conseguimos sorrir....
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