Meus sentimentos e emoções, feito as estações do ano, atravessam ciclos.Eles determinam minha inspiração para escrever, minha disposição para trabalhar e minhas energias.
Há períodos, como agora, em que sinto-me em ciclo seco. As idéias fervilham, me enlaçam naqueles instantes de semiconsciência em que mergulho antes que o deus do sono me abrace.
Ali, bem naqueles momentos, escrevo belos poemas, defino emoções e resolvo até os mais difíceis problemas. Mas são milésimos de segundos que se esvaem nas teias do subconsciente. Perco-os e, no dia seguinte, eles são vagas lembranças. Não os consegui cristalizar.
Nestes períodos inférteis, muitas vezes senti-me corpo vazio e oco, alma sem sentimentos expostos; alma árida...
Hoje vivo-o com seus desertos. Aceito-o. Entendo-o como necessário à jornada da vida. Período de recesso das idéias borbulhantes e descontroladas que, muitas vezes, me fazem escrever minhas dores dando-lhes uma dimensão equivocada e exagerada...
Ciclo seco... De mansidão e aceitação da vida... Sem questioná-la. Apenas acolhendo o que me chega...
Há também o ciclo da chuva. Fértil e produtivo, é incansável e lúcido em expor seus sentires. Grita-os ao mundo...
Por vezes as chuvas são serenas e dali surgem delicadas formações. Chuva de carinho suave...
Por outras, são tempestades de verão que açoitam, ferem e arrasam. Palavras duras que desprendem-se de céu carregado e despossuido de razão...
Mas, assim como chegam, se vão sem deixar vestígios de sua passagem. Não guardo suas dores. Chuva amarga das mágoas...
Há ainda aquela chuva fina e fria que por dias ininterruptos molham e gelam minha alma fazendo-me sentir a solidão de dentro do meu mundo envidraçado. Temo que ninguém se arriscará a atravessar a rua gelada para se aquecer ao meu lado. É chuva fina e fria da solidão...
Por fim, existe o temporal descontrolado e devastador que assola o céu da minha alma e destrói todas as barreiras e refúgios, deixando-me exposta à sua inclemência feroz. Arrasa, machuca e fere sem pena e, mesmo com todo o cenário destruído, ainda fica e assiste a minha derrota... Temporal que arrasa minha auto-estima...
Acostumei-me a todos as intempéries de minha alma. Sinto sua chegada e deixo-me ficar imóvel. Percebo, após tantos embates, que nada adianta lutar. Os ciclos são mais fortes que minha força. Porque me dominam... Porque sou eu em minha essência mais pura...
E eu sou fogo inextinguível...
Há períodos, como agora, em que sinto-me em ciclo seco. As idéias fervilham, me enlaçam naqueles instantes de semiconsciência em que mergulho antes que o deus do sono me abrace.
Ali, bem naqueles momentos, escrevo belos poemas, defino emoções e resolvo até os mais difíceis problemas. Mas são milésimos de segundos que se esvaem nas teias do subconsciente. Perco-os e, no dia seguinte, eles são vagas lembranças. Não os consegui cristalizar.
Nestes períodos inférteis, muitas vezes senti-me corpo vazio e oco, alma sem sentimentos expostos; alma árida...
Hoje vivo-o com seus desertos. Aceito-o. Entendo-o como necessário à jornada da vida. Período de recesso das idéias borbulhantes e descontroladas que, muitas vezes, me fazem escrever minhas dores dando-lhes uma dimensão equivocada e exagerada...
Ciclo seco... De mansidão e aceitação da vida... Sem questioná-la. Apenas acolhendo o que me chega...
Há também o ciclo da chuva. Fértil e produtivo, é incansável e lúcido em expor seus sentires. Grita-os ao mundo...
Por vezes as chuvas são serenas e dali surgem delicadas formações. Chuva de carinho suave...
Por outras, são tempestades de verão que açoitam, ferem e arrasam. Palavras duras que desprendem-se de céu carregado e despossuido de razão...
Mas, assim como chegam, se vão sem deixar vestígios de sua passagem. Não guardo suas dores. Chuva amarga das mágoas...
Há ainda aquela chuva fina e fria que por dias ininterruptos molham e gelam minha alma fazendo-me sentir a solidão de dentro do meu mundo envidraçado. Temo que ninguém se arriscará a atravessar a rua gelada para se aquecer ao meu lado. É chuva fina e fria da solidão...
Por fim, existe o temporal descontrolado e devastador que assola o céu da minha alma e destrói todas as barreiras e refúgios, deixando-me exposta à sua inclemência feroz. Arrasa, machuca e fere sem pena e, mesmo com todo o cenário destruído, ainda fica e assiste a minha derrota... Temporal que arrasa minha auto-estima...
Acostumei-me a todos as intempéries de minha alma. Sinto sua chegada e deixo-me ficar imóvel. Percebo, após tantos embates, que nada adianta lutar. Os ciclos são mais fortes que minha força. Porque me dominam... Porque sou eu em minha essência mais pura...
E eu sou fogo inextinguível...
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