As luzes apenas começam a se acender, iluminando lindamente a tal metrópole, e já é chegada a hora das despedidas. Os olhos, estrelas teimosas, ora opacos, ora incandescentes luzes sob a cortina do choro.
Mas não há opções; devo retornar.
Vejo-me só ao lado do ônibus. Você se vai sem olhar pra trás, o que é bom, assim não presencia o último choro
(depois só chorei umas poucas milhares de vezes)...
Me acomodo confortavelmente (dentro do possível, pois sou grande demais pra estas cadeiras de ônibus) e começo a ler uma teoria sobre a preguiça, mas meus olhos se embaçam e os pensamentos correm de volta aos últimos dias. Reluto, mas acabo por deixar que corram soltos estes pensares enquanto as luzes de sampa vão ficando pra trás.
Penso que meu coração fica com elas...
O remédio me deixa dolente e quando percebo estamos chegando em São José dos Campos. Olho o relógio e penso que você também já viaja agora... A saudade é enorme... Melhor voltar aos sonhos...
Em Aparecida do Norte, busco aquela fé cega e peço aos céus que não me roubem este presente e o mantenha junto a mim por eras infinitas...
Penso até que o mereço...
Queluz... Pura chama de brilho... Presente dos meninos, lanchinho e amor... Lembranças de luz, muita luz... Queluz...
O sono me abraça e dele sou tirada quando as luzes de Volta Redonda me cegam... Vejo-o caminhar pelas ruas a esta hora desertas. Laranjal, Vila e outros bairros que desconheço. Guardo-os na memória pois eles já sentiram seus pés, já ouviram teu riso de menino
e o brilho dos teus olhos de homem...
A partir daqui não penso em nada que não seja a distância cada vez maior. A estrada me leva de ti e o medo cresce incontrolável...
Medo que percebas as dificuldades futuras; medo de que os olhos se clareiem e acabem por me enxergar fora da ótica do amor, que cega qualquer possibilidade de dimensão real...
O medo cresce a cada quilômetro que me afasto...
Será que dormes? Já terá chegado em casa? Que impressões estará levando contigo? O medo não me deixa responder...
E, uma a uma, as cidades vão se sucedendo (e são tantas!),
deixando atrás do ônibus um rastro de saudade e imensa vontade
de frear o tempo, dar marcha a ré e recuperar aqueles dias em que fui feliz. Dias em que fui tua...
Agora a região já é velha conhecida, estou quase em casa. Mas que casa? Minha casa é você e é nela que gostaria de estar neste momento...
Pádua, Miracema, Itaperuna, Bom Jesus...
O motorista grita que estamos em Bom Jesus do Norte.
Olho-o e quase peço que me leve de volta, mas pra onde?
Você não está mais lá. Resta-me agora recomeçar a contagem regressiva que me levará até você; que me levará onde hoje mora minha alma.
Quero voltar pra Contagem...
Mas não há opções; devo retornar.
Vejo-me só ao lado do ônibus. Você se vai sem olhar pra trás, o que é bom, assim não presencia o último choro
(depois só chorei umas poucas milhares de vezes)...
Me acomodo confortavelmente (dentro do possível, pois sou grande demais pra estas cadeiras de ônibus) e começo a ler uma teoria sobre a preguiça, mas meus olhos se embaçam e os pensamentos correm de volta aos últimos dias. Reluto, mas acabo por deixar que corram soltos estes pensares enquanto as luzes de sampa vão ficando pra trás.
Penso que meu coração fica com elas...
O remédio me deixa dolente e quando percebo estamos chegando em São José dos Campos. Olho o relógio e penso que você também já viaja agora... A saudade é enorme... Melhor voltar aos sonhos...
Em Aparecida do Norte, busco aquela fé cega e peço aos céus que não me roubem este presente e o mantenha junto a mim por eras infinitas...
Penso até que o mereço...
Queluz... Pura chama de brilho... Presente dos meninos, lanchinho e amor... Lembranças de luz, muita luz... Queluz...
O sono me abraça e dele sou tirada quando as luzes de Volta Redonda me cegam... Vejo-o caminhar pelas ruas a esta hora desertas. Laranjal, Vila e outros bairros que desconheço. Guardo-os na memória pois eles já sentiram seus pés, já ouviram teu riso de menino
e o brilho dos teus olhos de homem...
A partir daqui não penso em nada que não seja a distância cada vez maior. A estrada me leva de ti e o medo cresce incontrolável...
Medo que percebas as dificuldades futuras; medo de que os olhos se clareiem e acabem por me enxergar fora da ótica do amor, que cega qualquer possibilidade de dimensão real...
O medo cresce a cada quilômetro que me afasto...
Será que dormes? Já terá chegado em casa? Que impressões estará levando contigo? O medo não me deixa responder...
E, uma a uma, as cidades vão se sucedendo (e são tantas!),
deixando atrás do ônibus um rastro de saudade e imensa vontade
de frear o tempo, dar marcha a ré e recuperar aqueles dias em que fui feliz. Dias em que fui tua...
Agora a região já é velha conhecida, estou quase em casa. Mas que casa? Minha casa é você e é nela que gostaria de estar neste momento...
Pádua, Miracema, Itaperuna, Bom Jesus...
O motorista grita que estamos em Bom Jesus do Norte.
Olho-o e quase peço que me leve de volta, mas pra onde?
Você não está mais lá. Resta-me agora recomeçar a contagem regressiva que me levará até você; que me levará onde hoje mora minha alma.
Quero voltar pra Contagem...
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