sábado, 4 de agosto de 2007

TORMENTA DA ALMA

A chuva bate inclemente na vidraça da alma
Açoite feroz que põe fim à suave claridade
Tempestade que nunca se converte em calma
E destrói tudo na certeza da impunidade...

Os raios cortam o céu da existência
Descarregam ondas de pura energia
Clareiam triste a amarga advertência
Que chegou ao fim a tranqüila letargia...

No céu da alma gritam rudes trovões
Ferindo ouvidos habituados à quietude
Chegam na esteira dos terríveis furacões
E é impossível definir sua amplitude...

O céu da minha alma fez-se vendaval
E desabou atroz escurecendo o Sol
A muito não surgia tamanho temporal
Apagando inclemente a luz do meu farol...

Mas se depois dela vem a calmaria
Sento-me inerte à espera do desfecho
Daqui a pouco acaba a louca ventania
Inerte e paciente espero... Não me mexo...

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